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Cindacta II confirma vistoria de urgência no Aeroporto de Lages

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Quando o voo não pode decolar de Lages, passageiros são levados para o aeroporto de Florianópolis, de ônibus - Foto: Susana Küster/ Arquivo CL

Desde março, o Aeroporto Federal Antônio Correia Pinto de Macedo, em Lages, funciona sem operar por instrumento e, com isso, seis voos da Azul Linhas Aéreas tiveram de ser cancelados, porque, sem visibilidade, o piloto não tem condições de pousar ou decolar se não tiver a ajuda desses equipamentos.

Diante disso, os passageiros daqui são levados de ônibus até Florianópolis e os que descem no aeroporto da Capital, são trazidos para Lages. Somente em maio, três voos foram cancelados, sendo que, no mesmo mês, no ano passado, apenas um avião não conseguiu pousar. Porém, isso deve estar prestes a acabar.

Na próxima semana, o Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Tráfego Aéreo (Cindacta II) está programando uma vistoria em caráter de urgência, o que poderá liberar os voos por instrumento.

O pedido da vistoria foi efetivado um dia após o Cindacta receber a documentação relativa a cinco pendências de não-conformidades críticas. O Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, que faz assessoria de imprensa para o Cindacta II, destaca que a documentação enviada está em processo de análise.

O que foi feito

As últimas pendências para que os voos por instrumento voltem, foram todas resolvidas na última sexta-feira e na segunda-feira, segundo o diretor de operações da Infracea (empresa que administra o aeroporto), Jorge Odir de Oliveira Franco.

“Pedimos uma vistoria em regime de urgência, na última quarta-feira e estamos esperando a resposta deles.” O diretor frisa que pediu a vistoria em regime de urgência, em função da necessidade de o aeroporto funcionar efetivamente.

Últimos problemas

O coronel-comandante Marcos Kentaro Adachi, do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II), em reunião realizada na prefeitura no início de maio, disse que havia 36 não-conformidades no aeroporto.

O diretor de operações da Infracea explica sobre o que eram as últimas cinco pendências. Uma era relativa aos equipamentos e as outras são documentos sobre uma ficha de manutenção, cartas de acordo operacional e a última sobre um relatório de uma estação de serviço para os funcionários. “Os relatórios foram recebidos pelo Cindacta, pois recebemos protocolo deles”.

Desenrolar do processo

Sem voos desde início de março, a situação do aeroporto não se resolvia até o procurador-geral da República em Lages, Nazareno Jorgealém Wolff, instaurar um procedimento. Depois disso, ocorreu uma reunião entre Cindacta II, Infracea, Comissão do Voo Regional da Associação Empresarial de Lages (Acil) e prefeitura, em Lages.

E logo após, outro encontro aconteceu no Cindacta II, em Curitiba. O coronel-comandante Marcos Kentaro Adachi reforçou, durante a reunião feita em Lages, que o encontro foi motivado por conta do procedimento administrativo instaurado pelo Ministério Público Federal.