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#CLentrevista o médico Pablo Rodrigo Knihs

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Foto: Jordana Boscato

Correio Lageano_ Em Lages, desde o dia 14 de janeiro,  crianças e adolescentes que apresentem casos de baixo risco e precisam de atendimento médico devem ser levadas para a UPA.  Falando de SUS, o que mudou no atendimento de emergência do Hospital Infantil?

Pablo Rodrigo Knihs_ O Hospital Infantil continua atendendo os casos mais graves, com mais segurança e qualidade, sendo assim, as crianças não terão risco de não serem atendidas na cidade. Claro que, os casos menos graves, a UPA já começou a atender. A prefeitura também procurou se instrumentalizar para ficar de acordo, para que esses pacientes tenham agilidade no atendimento e segurança, pois é fundamental.

Então, para deixar claro, se porventura uma criança sofre um acidente, ela deve ser encaminhada para onde?

Quando se trata de uma situação mais grave, no caso um acidente, deve ser encaminhada diretamente para o Hospital Infantil. A rede de Bombeiros e Samu já está adequada e organizada para isso. Lá tem as funções de tomografia, raio-x, assim como profissionais de segunda linha da ortopedia, neurocirurgião, para dar um atendimento mais adequado, e a criança não perder tempo nesse trajeto entre a UPA e Hospital Infantil. 

Quem tem plano de saúde ou quer uma consulta particular, pode ir ao Hospital Infantil? 

Sim. Em Lages, no momento, temos cinco médicos para atender crianças, quatro no SUS e um na Rede Privada. O Hospital Infantil mantém o atendimento privado, atende por convênios e particular, sendo assim, o paciente pode chegar normalmente, tendo uma porta de entrada diferente no hospital, onde é atendido e tem sua consulta realizada, para o profissional independente, no horário que o paciente precisar.

Com essa mudança, diminuiu o fluxo de atendimentos no hospital?   

Nesse momento, a média que fizemos referente ao ano passado, se mantém igual. Janeiro é um mês um pouco atípico, pelo fato de as pessoas estarem viajando, crianças de férias, não tendo tantas doenças virais, mas quando iniciam-se as aulas, aumenta um pouco. Os atendimentos se dividiram, a UPA está atendendo um pouco a mais, até pelo fato de os casos mais graves serem em menor quantidade. Mas dentro do que foi planejado para tudo fluir da maneira adequada, está se mantendo igual. 

O espaço que era usado para o atendimento de urgência e emergência vai ser usado para que?  

É um espaço enorme, bem adequado, que está todo à disposição da população, para atender os casos. O hospital não modificou nada da sua urgência e emergência, até para ter as condições adequadas e continuar o atendimento como era feito no ano passado

Para encerrar, fala um pouco sobre os atendimento de forma geral no Hospital, que recebe pacientes de diversas cidades do Estado. 

O hospital, a cada ano, está aumentando a sua complexidade, e participa da rede hospitalar, sendo assim, vêm casos de Florianópolis, Joinville, Blumenau. A nossa UTI é muito bem equipada, então, recebemos, toda semana, pacientes de várias regiões. Estamos à disposição da população do Estado de Santa Catarina inteiro. Claro que a população lageana tem mais pacientes. Conseguimos dar esses atendimentos, mas está aberto para todos os pacientes do Estado.  

É um privilégio Lages ter um Hospital Infantil, porque são poucos no Estado.

Sim. Lages continuou durante anos sendo o primeiro, depois teve Florianópolis, que teve mais um Hospital Infantil. Hoje, Joinville também tem, mas, praticamente, no Estado inteiro, são três Hospitais Pediátricos, atendendo apenas crianças, sendo um privilégio para toda a população. E, hoje, temos uma capacidade adequada, não está faltando leito para serem atendidas, as crianças não ficam na emergência esperando. A UTI também consegue dar um respaldo grande para a população nos casos mais graves. Sendo assim, estamos com um atendimento e uma estrutura física adequadas para dar suporte à população. 

Colaborou: Jordana Boscato

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