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Análise vai apontar se há contaminação no Rio Caveiras

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A água coletada será analisada em laboratórios - Foto: Adecir Morais

Técnicos da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc) coletaram amostras da água do Rio Caveiras, em Lages, para análise de qualidade. A coleta foi feita em 14 diferentes pontos do rio, desde a área de captação da Semasa, que fica às margens da Avenida Victor Alves de Brito, até o Salto Caveiras.

A análise foi solicitada pela Polícia Militar Ambiental (PMA), a partir da constatação da grande quantidade de peixes da espécie cará, mortos, no Salto. O problema, que surgiu há cerca de um mês, foi tema de duas reportagens no CL. Estudos preliminares, feitos pela Semasa, apontaram redução de oxigênio na água, no entanto, não indicaram elementos conclusivos sobre o agente causador da morte dos peixes.

De acordo com o cabo Ilton Agostini Júnior, da PMA de Lages, com as novas análises laboratoriais, serão avaliados fatores microbiológicos, metais e agrotóxicos que possam estar interferindo na qualidade da água. O resultado dos exames sairá em 15 dias.

O policial declara que, embora haja manifestação de moradores alegando que a mortandade dos peixes pode ter relação com os agrotóxicos usados nas plantações de soja, que é impossível apontar a causa do problema. Neste sentido, afirmou que somente as análises vão indicar se há contaminação.

Menos de 30% do esgoto é tratado

Alguns fatores podem estar interferindo na qualidade da água do Caveiras, como o uso de agrotóxicos nas lavouras e o esgoto sanitário da cidade. Diariamente, milhares de litros de esgoto são despejados no rio, sem nenhum tipo de tratamento.

De acordo com o secretário da Semasa, Jurandi Agustini, atualmente, apenas entre 23% e 25% do esgoto da cidade é coletado e tratado. Com as obras do Complexo Araucária e do Ponte Grande, este índice saltará para 70% a 80%. A primeira obra está em fase de conclusão e deve ficar pronta em meados do próximo ano.

O secretário aproveita para ressaltar que, por lei, toda a  residência que não conta com o sistema de coleta de esgoto, precisa ter fossa séptica com filtro, impedindo que os dejetos sejam despejados na rede pluvial. Ele ainda informou que o município tem projetos para ampliar o tratamento de esgoto na cidade.