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A Voz da Cidade estreia no Cine Marrocos, nesta sexta
Estreia, hoje, o média-metragem A Voz da Cidade. Uma produção lageana independente que conta a vida de Carlos Joffre do Amaral, um dos fundadores da Rádio Clube de Lages. A exibição do filme será no Cine Marrocos às 20 horas, com entrada franca.
A história do paulista que escolheu Lages para criar um dos maiores veículos de comunicação do Brasil é contada através de um média-metragem produzido de forma independente pelo diretor lageano Marcelo Machado. As gravações do filme “A Voz da Cidade” tiveram início em 2016, e toda a equipe técnica e de atores foi formada por colaboradores da cena audiovisual de Lages. Segundo Marcelo Machado, a ideia do filme partiu da sua própria casa. “Meu pai foi uma das pessoas de confiança de Carlos Joffre na empresa, todos os dias ele contava alguma história pra mim. Produzir o filme foi uma forma de homenagear o próprio Joffre, Lages e meu pai”, afirma.
Das dificuldades, Marcelo afirma que a dúvida das pessoas com relação à qualidade do que é produzido em Lages ainda atrapalha. “Há uma desconfiança por parte de alguns sobre a produção local, mas de um tempo para cá, amantes do cinema têm conseguido mostrar qualidade técnica surpreendente, seja uma produção com muitos recursos ou independente como a nossa”, completa.
Machado relata isso pelo motivo que o grupo de pessoas ligadas à cena em Lages também foram colaboradores do filme e suas obras têm se destacado também fora da cidade.
“A Voz da Cidade” tem um roteiro que conta a chegada de 00 a Lages e todos os capítulos do seu casamento com a Dona Ilse, a instalação do alto-falante na praça e a ideia do que seria a Rádio Clube. O diretor diz que muitas partes são fictícias e adaptadas, isso pela dificuldade de retratar a época – a história se passa no fim dos anos 30. “Alguns elementos de cena sabemos que não faziam parte dos anos em questão, mas isso é a liberdade que o cinema nos dá, o importante é que a base principal da história de Joffre está bem contada,” acredita.
A produção contou com 29 atores e as locações compreenderam locais históricos de Lages. Foram cerca de 700 gigabytes de gravações, que resultaram em num filme de cerca de 50 minutos.