Geral
Rejeitada proposta para atendimento optométrico em Lages
A Secretária de Saúde de Lages, Odila Waldrich, confirmou conversa com a direção da Câmara Regional de Óptica, Optometria e Contatologia do Estado de Santa Catarina CrOO-SC, sediada em Joinville, sobre a possibilidade da entidade efetuar atendimento optométrico na cidade. O encontro aconteceu no segundo semestre deste ano.
A intenção era contribuir para diminuir as filas de espera para cirurgias oftalmológicas que hoje chega a 5 mil pessoas em Lages. Porém, as divergências de valores não permitiram que a conversa avançasse e o serviço fosse contratado. A entidade do Norte do Estado enviou dois orçamentos na tentativa de entrar no mercado de Lages. O primeiro propondo a consulta ao valor de R$ 35,00, sendo que a secretaria paga ao oftalmologista R$ 22,00 a consulta e, desses, R$ 10,00 são repassados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Numa segunda proposta, a empresa joivillense baixou o preço para R$ 22,00, igualando o valor pago ao oftalmologista. O acordo não foi celebrado. “Totalmente inviável”, resumiu Odila.
De acordo com Odila, por meio do Consórcio Intermunicipal de Saúde são atendidos em média 1.000 pessoas por mês em Lages e, até março, de acordo com a secretária, a fila deve zerar. “Se a proposta tivesse sido feita no começo do ano quando haviam 8.000 pessoas na fila de espera, talvez fechássemos negócio”, argumenta, se referindo ao contato com a Câmara Regional de Óptica, Optometria e Contataologia do Estado de Santa Catarina (CrOO-SC).
Mutirão reduz filas em Lages
A adesão de médicos oftalmologistas de Lages ao Mutirão de cirurgias de cataratas lançada pelo Governo Federal este mês diminuirá a fila de espera. E esse é o terceiro mutirão que conta com profissionais de Lages. Desta vez, uma parceria entre Secretaria do Município de Lages e o Consórcio Intermunicipal da Saúde. Os atendimentos em regime de mutirão iniciam com uma triagem de pessoas com baixa da visão e com diagnóstico prévio de catarata. “Uma vez avaliados, vemos a real indicação cirúrgica e prognóstico visual de cada paciente”, explica o médico Mauricio Macedo Bertolini.
Indicada a cirurgia, emprega-se a técnica facoemulsificação, com implante de lente intraocular dobrável. A cirurgia tem caráter ambulatorial e a recuperação tende a ser rápida. “Nesse mutirão estamos utilizando material cirúrgico de primeira linha, objetivando satisfação e segurança para os nossos clientes”, acrescenta Bertolini. A equipe é composta por médicos: Maria Lúcia Bertolini, Rubens Monteiro, Gunter Brink, Deyse Brinck, Claudia Santos, Arthur Martins e Zago Filho. Segundo Betolini, o mais importante nesse trabalho em equipe é a responsabilidade de cada um, além da presteza no atendimento, principalmente no pós-operatório, para que os pacientes não fiquem sem atendimento.
>Estrutura_ Cada equipe tem sua estrutura própria apoiada por instituições de saúde da região, que cederam seus espaços, funcionários e estrutura hospitalar, como o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres e a Clínica Bermiro Sagiorato. Para Betolini, esse trabalho gratifica toda a equipe, pois oportuniza ajudar pessoas que não teriam acesso a um atendimento privado sendo que alguns pacientes estavam na fila de espera por até três anos.O Governo do Estado repassa as verbas que, segundo os médicos, é a esperada para que seja do alcance de todos e na promoção da saúde ocular. O mutirão não tem custo ao paciente.