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Proteja seu cão das doenças de inverno

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Crédito: Marcela Ramos

No inverno, os cães sem vacina ou com a carteira de vacinação incompleta têm maior probabilidade de contrair doenças, entre as mais comuns estão a cinomose e a “Tosse de Canis”. A cinomose é uma doença altamente infecciosa, provocada por um vírus, que acomete diversos sistemas do corpo do animal, como o nervoso, o respiratório e o gastrointestinal. As formas de transmissão mais comuns são pelo ar, pelo contato com a secreção do nariz ou boca, e com ambientes e objetos contaminados. Todos os cães podem pegar a cinomose, mas os animais mais jovens, entre 3 e 6 meses, têm chances maiores de desenvolver a doença por estarem com o sistema imunológico sem proteção.

A veterinária e proprietária da Pró Vida Animal Clínica Veterinária, doutora Caril Maria Schweitzer Dalmolin (CRMV SC 1140), fala sobre o surto da doença nos dias frios e alerta, “a cinomose é um vírus que tem cura, mas tem alta taxa de mortalidade e pode deixar várias sequelas”.

A doença tem quatro fases: cutânea, digestiva, respiratória e nervosa. Na primeira, aparecem bolinhas de pus na região do abdômen, depois surge a diarreia com sangue nas fezes e febre, secreção nasal, olho com remela e tosse com catarro, por fim, aparecem tremores (tiques nervosos), falta de coordenação motora e perda de movimentos, parcial ou total, convulsões e morte.

“Em muitos casos, os sintomas só chamam a atenção depois da fase avançada,” alerta a veterinária. “Por isso, é importante manter a vacinação em dia”. A cinomose tem cura, mas quanto mais a doença se desenvolve, mais difícil é o tratamento e maior o sofrimento do animal. A melhor forma de prevenção é por meio das vacinas, necessárias desde quando os animais são filhotes, e devem ser refeitas uma vez ao ano.

A “tosse dos canis” também é uma doença altamente infecciosa e contagiosa entre os cachorros. É transmitida por uma ou mais bactérias e também associada a um vírus. O maior número de casos acontece durante o inverno e em regiões de baixas temperaturas, como as da Serra Catarinense.

É possível ficar atento aos sintomas de espirros, secreções e chiado respiratório. A tosse, sintoma que nomeia a doença, muitas vezes é confundida com engasgos. Por isso, é importante prestar atenção.

Na maioria dos casos, o cão se recupera em 10 ou 15 dias, mas é importante o acompanhamento veterinário para que a doença não avance. A pneumonia pode surgir como complicação em cães jovens ou idosos, levando à morte, se não tratada.

Depois do diagnóstico veterinário, o tratamento é feito com xaropes/expectorantes, anti-inflamatórios, antibióticos e inalação. Em casa, é importante fazer uma boa higienização dos cômodos que o cachorro doente permaneceu e nos objetos que ele utilizou. Da mesma forma, para evitar que os cães não sejam infectados e contraiam a tosse do canis é importante a realização das vacinas, além dos reforços anuais.

É indispensável lembrar que para receber as vacinas, os animais precisam estar devidamente vermifugados de acordo com o peso, além de nunca vacinar um animal que já esteja doente ou convalescente.

Cães de rua também precisam de cuidados

 

Há uma estimativa que Lages conta com, aproximadamente, 100 mil animais soltos nas ruas e nesta época do ano, quando as temperaturas são bastante baixas, e até negativas, esses animais também precisam de mais atenção.

Valéria Lucena, que é uma cuidadora voluntária de animais de rua, conta que, praticamente todas as noites percorre as ruas da cidade distribuindo alimentos a esses animais, mas tem ciência que não consegue atender a todos. Por isso, apela para que as pessoas do Centro e dos bairros ajudem a alimentá-los e, na medida do possível, acolham os animais que estão passando frio. Segundo Valéria, muitos desses animais possuem donos, mas são “criados soltos, a mercê da própria sorte, o que contribui para agravar a situação”.

 

 

 

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