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Previna-se das picadas de insetos

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Arte: Chelbim Michel

O calor e a chuva recorrente no verão, causam a umidade que, por consequência, favorecem a proliferação de insetos. Podendo triplicar o número, se comparado ao inverno. Nesta estação, a oferta de comida para esses animais aumenta, já que a maioria se alimenta de flores e plantas. Estando presentes no interior e também nos grandes centros. Com isso, a incidência de picadas atinge adultos e, principalmente crianças.

Segundo a dermatologista Giciany Vanessa de Nez Soares (RQE 15048 – CRM 16080), é importante que se tomem algumas medidas, já que evitar as picadas ainda é o tratamento mais eficaz. Sendo assim, as roupas são uma barreira de proteção em locais de exposição maior aos animais, como sítios, campos e fazendas. Em nossa região, que apresenta clima mais fresco, é possível utilizar roupas de manga comprida como prevenção física. “Lembrando que roupas muito finas ou transparentes não isolam a picada, já que o animal consegue alcançar a pele.”

Em casa, é bom estar atento aos horários de fechar e abrir as janelas. Durante o nascer e o pôr do sol é bom mantê-las fechadas, já que neste horário os insetos voadores saem para se alimentar. Mosquiteiros e telas também são eficientes, “mas não podemos esquecer de conferir se não há algum inseto no mosquiteiro antes de deitar.”

Crédito: Suzani Rovaris

Para quem possui ar-condicionado, o aparelho também é eficaz para afastar mosquitos. Outra opção, principalmente em casas onde há crianças alérgicas, é a dedetização, que deve ser feita por uma empresa especializada.

O uso de repelentes é uma medida benéfica no combate as picadas, principalmente em pacientes alérgicos. Repelentes elétricos, podem e devem ser instalados em casa, enquanto repelentes tópicos devem ser usados somente com orientação médica, já que existem produtos específicos para cada faixa etária. Não é permitido dormir com o produto no corpo e deve-se respeitar o tempo limite do uso do repelente, conforme as orientações do rótulo. “Lembrando que crianças abaixo de 6 meses não devem fazer uso do mesmo. A indicação de proteção até essa faixa etária seria somente de barreira física, através de roupas”.

 

O incômodo devido a coceira

Mesmo tomando todas as precauções, picadas ocorrem, neste caso, o sintoma mais comum é a coceira, acompanhada de vermelhidão e edema local. Reações mais intensas em pacientes não alérgico, devem ser investigadas e acompanhadas por um profissional de saúde, buscando outros agentes etiológicos importantes, contendo toxinas mais nocivas.

Queixas frequentes nos consultórios devem-se à doença Prurigo Estrófulo (ou urticária papular), desencadeada por uma hipersensibilidade a picadas de insetos, caracterizada por erupções de lesões papulares, vesiculares (pequenas bolhas) ou lesões de urticária (placas avermelhadas com relevo e que provoca coceira) distribuídas principalmente em áreas expostas. “É importante salientar que apenas uma picada é capaz de desencadear várias lesões por todo o corpo”.

Está doença é mais comum na faixa etária entre 2 e 10 anos, podendo ocorrer raramente em adultos. O tratamento estabelecido pelo profissional de saúde terá o intuito de controlar os sintomas, como a reação da hipersensibilidade e da profilaxia da picada causada pelos agentes.

“É fundamental diminuir a coceira, visto ser o ato de coçar, um dos fatores não só de aumento da duração das lesões, mas também o responsável por eventuais infecções secundárias”. O uso de medicamentos como anti-histamínicos orais e corticoides tópicos, deve ser estabelecido e orientado por um médico.  Manter curta a unha das crianças pode ser uma medida aliada ao combate a infecção secundária.

Além dos cuidados para evitar as picadas, medidas de conscientização podem ser tomadas, como não deixar água parada, lixo acumulado em terrenos baldios e entulhos, evitando a proliferação desses insetos.

 

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