Economia e Negócios

Parceria facilita acesso ao crédito para o agricultor

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Ato contou com autoridades estaduais, diretoria da Epagri, gerências do BB, agricultores e lideranças de São José do Cerrito - Fotos: Bega Godóy

São José do Cerrito abriga, desde ontem, o primeiro Correspondente Bancário do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Coban) do Estado. Agora, o agricultor da região que precisar de financiamento terá um escritório municipal da Epagri para fazer suas operações bancárias. A cidade serrana foi escolhida porque tem a maior carteira de crédito anual de agronegócios: R$ 35 milhões entre Pronaf Custeio e Pronaf Investimentos.

Além de São José do Cerrito, Bocaina do Sul, Campo Belo do Sul, São Joaquim e Urubici também contarão com essa nova plataforma. A intenção da superintendência do Banco do Brasil e gerência da Epagri é que, até 2018, Santa Catarina tenha 70 escritórios-piloto para facilitar o acesso ao Pronaf. A Epagri está presente nos 295 municípios catarinenses.

“O Banco adora emprestar, mas gosta de receber por isso realiza crédito de qualidade para ter o retorno no prazo” – Flávio Rohder
gerente do BB de São José do Cerrito

“As propostas poderão ser encaminhadas diretamente pelo correspondente. No escritório, o agricultor terá engenheiros agrônomos e técnicos agrícolas à disposição para discutir o melhor investimento em seus empreendimentos”, explica o coordenador estadual de políticas pública da Epagri, Célio Haverroth.

O Banco do Brasil tem aplicado, em São José do Cerrito, R$ 35 milhões neste ano, e aproximadamente, R$ 30 milhões são direcionados para o agronegócio. “Esse agronegócio que temos aqui é diferenciado, pois é aplicado para o desenvolvimento sustentável da região que, embora bastante atrasado, tem um potencial gigantesco. A nossa ideia com essa parceria é ampliar a carteira de crédito do agronegócio em 20% e chegar aos R$ 36 milhões no ano que vem”, afirma o gerente do Banco do Brasil de São José do Cerrito, Flávio Júnior Rohde. “A Epagri tem uma capilaridade gigantesca no Estado. Além disso, nenhuma empresa conhece tão bem o agronegócio. Ela vai realizar crédito de qualidade e com aplicação real, promovendo o desenvolvimento, e é isso que a gente precisa: crédito de qualidade e retorno dos créditos no prazo combinado, para poder emprestar de novo”, acrescenta.

“O agricultor pode buscar financiamento para investir em equipamentos, no custeio das lavouras ou em criações” – Célio Haverroth
coordenador estadual de políticas públicas da Epagri

Para o diretor administrativo e financeiro da Epagri, Giovani Canola, essa nova modalidade de serviço vai facilitar a vida do agricultor, inicialmente, em 70 município-pilotos e, certamente, um serviço que será expandido para o resto do Estado. “Por isso, o Governo do Estado investe nos escritórios da Epagri, pois o principal objetivo de seus programas é o agricultor”, diz Canola.

“Ele precisa deste benefício, e desenvolver a sua propriedade para ter melhor qualidade de vida no meio rural” – Giovani Canola
diretor administrativo e financeiro da Epagri

Novo trator vai aumentar a produtividade da família Detânico

O agricultor Luciano Detânico Chaves, de 26 anos, fechou seu primeiro grande negócio. Foi o primeiro a utilizar os recursos do Pronaf. Ele financiou um trator agrícola semi-novo com menos de 10 anos de fabricação, por R$ 70 mil, e pagará em 8 anos. O contrato entre o Banco do Brasil e a Epagri, firmado nesta quarta-feira, deu a oportunidade ao jovem empreendedor de trocar uma máquina com mais de 30 anos por uma mais moderna. A nova aquisição chega a sua propriedade, localizada a oito quilômetros do Centro de São José do Cerrito, em quinze dias.

Luciano vai plantar soja nos 32 hectares, (seis hectares são do seu pai e o restante é arrendado). A máquina nova vai permitir gerenciar melhor o seu calendário agrícola. “Terei dois anos de carência. Tempo que terei para pagar a primeira prestação e farei isso com o que ganhar com a colheita”, explica ele ao lembrar que mesmo com o país passando por crises financeira e política, fez as contas e achou uma hora apropriada para se desfazer do velho trator. “Cabine com ar-condicionado. Ninguém se molha, passa frio ou se envenena na hora da pulverização. Tem traçado que puxa implemento maior, é hidráulico, são muitas vantagens”, afirma o agricultor ao descrever as caraterísticas da nova aquisição. “A tendência é só crescer com um trator desse”, completa.

Sonhos_ Faz tempo que o agricultor sonha em ter uma propriedade. Casado recentemente, já planeja adquirir um terreno por meio do Programa Nacional de Crédito Fundiário, um programa também da Epagri.

Para ser beneficiário dos programas de agricultura familiar, deve-se utilizar mão de obra familiar, que deve predominar. Além disso, a renda bruta familiar anual deve ser de até R$ 360 mil por ano, com pelo menos 50% correspondentes à exploração agrícola.

Há 6 anos luciano investe na área rural

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