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“Lixo Orgânico Zero” contemplado em edital

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Município conquistou o primeiro lugar entre 300 inscritos em todo o Brasil - Foto: Divulgação

A Prefeitura de Lages conquistou o primeiro lugar nacional no Edital de Compostagem, lançado pelo Ministério do Meio Ambiente e pela Caixa Econômica Federal. O resultado foi publicado no Diário Oficial da União e apresentado ontem, ao prefeito Antonio Ceron e ao vice Juliano Polese.
Desenvolvido pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Meio Ambiente e pelo Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina (CAV Udesc), o projeto intitulado Lixo orgânico zero em Lages receberá R$ 985 mil para ser implantado.

Das 300 propostas inscritas, enviadas de todo o país, apenas 11 foram selecionadas. Além de Lages, na primeira posição geral, foram classificadas, em ordem do segundo ao 11º lugar, as prefeitura de Florianópolis/SC, Santos/SP, Rancho Queimado/SC, Maracaju/MS, Sertãozinho/SP, Consórcio do Complexo Nascentes do Pantanal/MT, Igarapé/MG, Palotina/PR, Herval/RS e Tacuru/MS.

Projeto se destina a toda a rede pública de ensino

Todo o projeto lageano utiliza-se da técnica de minicompostagem ecológica, desenvolvida pelo CAV e aplicada entre 2013 e 2015 em quase todas as escolas públicas de Lages. Coordenados pela pedagoga Silvia Oliveira, pelo agrônomo Germano Güttler e pela bióloga Márcia Spiller, os trabalhos incentivaram a implantação de hortas e jardins nas unidades escolares. E como efeito, muitos estudantes levaram a dinâmica para as suas casas.

Assim, boa parte dos produtos orgânicos que antes era levada ao aterro sanitário, como cascas e restos de frutas, legumes, hortaliças, folhas, gramas e podas de plantas, passou a ser utilizada nas próprias residências como material de adubo para pequenas lavouras orgânicas. A partir daí, ampliou-se, também, a possibilidade de reaproveitamento de materiais secos, garantindo mais renda aos catadores e cooperativas de reciclagem de lixo.

Meta é reduzir em 40% o volume de orgânicos

Com os R$ 985 mil conquistados no edital nacional, a Prefeitura de Lages e o CAV têm dois anos para desenvolver o programa. A principal meta é abranger dez mil residências, inclusive as futuras casas do Complexo Ponte Grande e os condomínios do Minha Casa Minha Vida, proporcionando redução de 40% do total de orgânicos enviados ao aterro sanitário.
Isso será possível por meio de um intenso trabalho de mídia, seminários, orientação nos bairros, distribuição de mudas, acompanhamento técnico, palestras e oficinas nas escolas.
“Vamos aproveitar em casa aquilo que está lá e pode gerar renda, sem causar impacto ao meio ambiente”, diz a pedagoga Silvia.

“A conquista desse prêmio levou o nome de Lages a um âmbito nacional, e agora vamos agir para fazer a nossa cidade se tornar uma referência para o Brasil”, completa o agrônomo Germano.
O prefeito Antonio Ceron e o vice Juliano Polese se empolgaram com o projeto e garantiram apoio da prefeitura para a implantação e o sucesso das ações.
“É motivo de muito orgulho para nós, e vamos envolver todas as secretarias que possam contribuir. Não podemos perder essa oportunidade de deixar um grande legado para a nossa cidade, pois estamos falando de natureza, de saúde pública e economia”, conclui Ceron.

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