Esportes
Lei libera uso de bebidas nos estádios. Tio Vida pode se adequar
A lei que libera a venda e o consumo de cerveja nos estádios e arenas desportivas de Santa Catarina será encaminhada para sanção ou veto do governador Raimundo Colombo. De autoria dos deputados Rodrigo Minotto (PDT) e Manoel Mota (PMDB), a proposta foi aprovada na Assembleia Legislativa do Estado (Alesc).
O projeto possibilita a venda de cerveja nos estádios, sendo que 20% dos produtos comercializados deverão ser reservados para cervejarias artesanais. Os deputados que se manifestaram contra a proposta acreditam que a liberação da cerveja vai aumentar a violência nos estádios e pode afastar os torcedores, principalmente mulheres, crianças e idosos, das arquibancadas.
Divergência_ O Ministério Público Estadual (MPSC) e a Polícia Militar são contra a lei. Em nota técnica emitida ainda na fase de discussão da proposta, o MPSC destacou que a liberação das bebidas “contraria disposição do Estatuto do Torcedor, além de representar riscos aos torcedores e aumentar a possibilidade de conflitos fora de campo”.
Na mesma época, o tenente-coronel Sandro Cardoso da Costa declarou que a corporação é contrária ao projeto de lei. “É público e notório que, desde a proibição da bebida alcoólica dentro dos estádios, houve diminuição das ocorrências, de pequenos conflitos entre torcedores”, falou. Futebol, torcida organizada e álcool têm potencial de risco enorme”.
A SC Clubes e a Federação Catarinense de Futebol (FCF), porém, pensam diferente. “Entendemos que não existe qualquer relação entre violência e bebida, neste caso, especificamente, a cerveja”, pontuou o presidente da entidade, Sandro Pallaoro.
Ele afirma que a proibição tem prejudicado financeiramente os clubes. Para o presidente da FCF, Delfim de Pádua Peixoto Filho, a “falta da presença maciça de torcedores nos estádios tem relação direta com a proibição da venda de bebida alcoólica”.