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Essencial: Helena, representante das feministas!!

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Foto: Divulgação

Depois de 14 anos foi lançado “Os Incríveis 2”. Quando o primeiro, de 2004, foi apresentado ao público, meu filho de 12 anos, nem tinha nascido. Apesar disso assistimos juntos, várias vezes, as peripécias dos heróis.

No fim de semana que passou assisti no cinema, ao lado do meu filho Henrique e do meu sobrinho Breno, de oito anos. Logo no começo fui indagada: “Mãe, esse filme é feminista?”. Isso mesmo, o filme traz a discussão sobre gênero. Não só a protagonista, a Mulher Elástico, como também a vilã é uma mulher.

Os outros personagens conhecidos estão no filme, é claro, e ajudam a desconstruir diversos conceitos, como, por exemplo, de que a mulher é quem deve ficar em casa enquanto o homem trabalha e que a mãe não pode deixar os filhos e assumir responsabilidades que a deixem longe de casa por muito tempo. Lembrei de uma amiga, a Gabi, que mora em Brasília. O marido ficou em Lages com o filho de seis anos. Quantas vezes ela perguntou se estava fazendo a coisa certa, indo atrás da sua carreira e do seu sonho. A sociedade machista coloca na cabeça das meninas e mulheres que não temos direito de sermos quem quisermos ser.

No filme, Beto, o Senhor Incrível, assume o papel de ficar com as crianças enquanto Helena vai trabalhar em outra cidade. Acostumada a ser a responsável pelos três filhos e pela casa, sente dificuldades, pela própria construção social, em aceitar o emprego. A cultura do machismo impõe à mulher o cuidado da casa e dos filhos, quando este papel deve ser dividido entre o casal.

Se o segundo filme fosse lançado há 10 anos, não teria a temática feminista. Essa iniciativa de trazer o assunto para o filme, reflete a sociedade atual. Cada vez mais temos voz. Isso não quer dizer que não há machismo, existe e muito! Mas o mundo está mudando, e não vamos retroceder. E muitas mulheres maravilhosas, assim como a Helena, estão aí para nos lembrar disso, todos os dias.