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Condomínio Ponte Grande: famílias já podem fazer mudanças

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Kátia Oliveira de Andrade, feliz ao segurar as chaves de sua casa - Fotos: Andressa Ramos

“Não vejo a hora de morar aqui, eu adorei a minha casa”, a frase é de Maria Delcia Hoefling Correia, que aos 77 anos terá o prazer de morar, pela primeira vez, na casa própria, com documento registrado em seu nome. Depois de sofrer, por anos, com enchente, dona Maria, que ainda não conseguiu se aposentar, celebra a nova morada. Afinal, a casa em que morava era “bem simples de madeira”.

A felicidade de Maria era o mesmo sentimento de Kátia Oliveira de Andrade, de 27 anos, que aguardava, junto a mais 199 famílias, há cinco anos, a entrega das casas no Condomínio Ponte Grande, em Lages. O dia primeiro de agosto ficará para sempre na lembrança dessas pessoas, finalmente terão um endereço fixo, residências que poderão chamar de suas.

“Não vejo a hora de morar aqui, eu adorei a minha casa”, disse dona Maria Delcia Hoefling Correia

Por morar no condomínio, Kátia observou uma oportunidade de emprego bem perto de casa. Foi até a uma serraria que fica a alguns metros de distância, entregou currículo e conquistou uma vaga. Começará a trabalhar mês que vem, quando já estará instalada com seus três filhos e esposo.”Quando entrar na casa e organizar tudo, dai sim, estarei muito feliz”, ressalta Kátia, muito alegre por saber que a hora de entrar na casa chegou.

Os moradores receberam as chaves de suas casas nesta quarta-feira (1º), e hoje já começam a levar seus objetos ao condomínio. O secretário de Assistência Social e Habitação, Samuel Ramos, explica que a mudança acontecerá em etapas, priorizando pessoas com deficiência e idosos.

Moradores terão assistência

Por serem muitas pessoas morando em um novo endereço e em um formato diferente do que estão acostumadas, a Secretaria de Assistência e Habitação fará um acompanhamento técnico social entre seis a sete meses para apoiar os moradores em situações adversas. Samuel enfatiza que além das famílias que moravam próximo às obras do Complexo Ponte Grande, famílias que estavam em áreas de risco também serão realocadas para o condomínio.

Na área da educação, a secretária Ivana Michaltchuk comenta que um estudo analisa as melhores formas de direcionar as 100 crianças que irão morar no condomínio para escolas municipais próximas, porém, se for necessário, contará com o apoio das escolas da rede estadual para garantir matrícula.

A secretária de Saúde, Odila Waldrich, explica que aguardará todos os moradores se mudarem, para que assim, possa fazer o redimensionamento das famílias às Unidades de Saúde do Bairro Várzea e Habitação.

Preocupação com o meio ambiente

O projeto Lixo Zero, será desenvolvido pela Secretaria de Meio Ambiente com todos os moradores. A expectativa é que todos possam ter uma horta ecológica, incentivando a compostagem e, dessa forma, fazendo a separação do lixo seco e molhado, para que todos os resíduos possam ser aproveitados.

O secretário de Meio Ambiente, Euclides Mecabô, comenta que a coleta de lixo, feita pela Serrana começou nesta quarta e deve seguir nos próximos dias, até saber quais os principais dias que realmente serão necessários para coleta.

O prefeito Antonio Ceron comentou que, com a entrega das casas, uma parte do projeto do Complexo Ponte Grande está concluída. Agora, as próximas etapas são a conclusão da ponte e finalização do asfalto que liga o condomínio à Rua Cirilo Vieira Ramos.

Ceron disse ainda que está em estudo pela Caixa Econômica Federal o edital de licitação para a pavimentação da Avenida Casemiro Victório Colombo até a Avenida Castelo Branco. Esse será o nome dado à avenida que acompanhará o Rio Ponte Grande, do Bairro Guarujá ao Caça e Tiro.

A expectativa é que o estudo seja concluído em 40 dias. “E esperamos que até o fim do ano que vem, toda a avenida esteja pavimentada até a BR-282”. O prefeito explica que diferente do que estava previsto, devido aos problemas da obra, não será possível pavimentar até a Avenida 31 de Março. Com as obras de esgoto do Complexo Ponte Grande e Araucária, Ceron enfatiza que Lages passará a ter 70% do esgoto tratado.

Catarina e o esposo Lauro, moravam no Bairro Santa Maria, bem próximo ao Rio Ponte Grande, por este motivo, terão de deixar sua residência para morar no condomínio Ponte Grande. Como a casa tinha tinha três quartos, cozinha, sala e dois banheiros, muitos dos móveis precisarão ser deixados para trás. Catarina comenta que alugará um quarto para deixar seus objetos guardados até poder ampliar a casa

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