Turismo
Altenir Agostini fala do ganho para a cidade com a revitalização
Altenir Agostini é coordenador regional do Sebrae em Lages e nessa entrevista exclusiva ao Correio Lageano abordou os impactos econômicos que a revitalização do Centro pode trazer para Lages. O projeto de revitalização foi encaminhado em julho pela prefeitura, depois de ser adequado, seguindo sugestões da Câmara de Dirigentes Lojistas e Sebrae. Na época, o prefeito Antonio Ceron informou que o projeto tinha sido pago e que nos próximos meses seria encaminhada a licitação.
Correio Lageano: Em relação à revitalização do Centro, o que é necessário o comerciante fazer para se integrar melhor ao projeto?
Altenir Agostini: Os comerciantes estão muito ávidos para a revitalização acontecer. Fazíamos uma reunião chamada ponto-controle, que ocorria mensalmente quando o cabeamento subterrâneo era implantado em Lages. Os empresários sabiam sempre dos passos das obras que estavam acontecendo, participavam dos diálogos e se sentiam motivados, se tornaram sócios dessa mudança. Pretendemos continuar com essa experiência agora, pois todos sabem que a revitalização é necessária e urgente. Os empresários estão prontos para participar.
Quais as mudanças que a revitalização poderá trazer?
O centro revitalizado vai mudar a vida das pessoas e todos vão ganhar com isso, não só os empresários, mas a comunidade também. O centro é de nós lageanos e também dos turistas. Vai criar um sentimento maior de pertencimento à cidade, dará orgulho e mais responsabilidade em cuidar do Centro. Afinal, todos gostamos quando nossa casa está bonita e bem arrumada. Sabemos que, eventualmente, uma obra causa transtornos, mas conseguimos minimizá-los com planejamento e organização.
Um centro bonito e moderno eleva a autoestima das pessoas?
Sim, com certeza. E age rapidamente na autoestima, elevando o movimento no Centro, consequentemente as vendas nas lojas vão aumentar. Se temos um Centro desleixado e depreciado, ele se torna somente um caminho, mas se ele é um espaço bonito, terá um movimento e consumo maior.
Em relação à revitalização de São Joaquim, já há um retorno do impacto da obra?
Não temos uma medição sobre isso, até porque a obra é bastante recente, mas o que percebemos é que a desconfiança sobre a melhoria que a obra traz entre alguns empresários e a comunidade está se esvaindo. A obra foi feita em um momento que a crise econômica estava forte no país todo e algumas pessoas associaram os transtornos da obra à queda nas vendas, mas isso não foi correto.
Os turistas que visitam São Joaquim percebem uma mudança positiva na cidade. Isso pode fazer com que o turismo de lá aumente no inverno?
Os turistas e viajantes tem elogiado muito as mudanças por lá e quem mora na cidade, às vezes, nem percebe como ela mudou e ficou melhor. Esse é um movimento natural que deve acontecer em Lages também. A obra mostrou que valeu a pena todo o investimento devido ao impacto turístico e econômico que ela trouxe.