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Voos por instrumento podem voltar em maio
Com o objetivo de esclarecer o que está acontecendo para impedir os voos por instrumento (àqueles em que ocorrem mesmo que o piloto não tenha visibilidade), no aeroporto de Lages, o Cindacta II, prefeitura, Acil e a empresa Infracea, administradora do aeroporto se reuniram nesta segunda-feira (7) de tarde, no gabinete do prefeito Antonio Ceron.
O prefeito ficou satisfeito com a reunião e acredita que no dia 10, quando acontecerá outro encontro, desta vez, em Curitiba, tudo esteja pronto para o aeroporto funcionar integralmente. “Foi feita uma vistoria em um aparelho e ele estava irregular, e, também não tínhamos barômetro reserva. Na troca de instrumentos, houveram problemas de procedência. São coisas simples que serão resolvidas para que o aeroporto funcione 100% e o passageiro voe com segurança”.
O coronel comandante, Marcos Kentaro Adachi, do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II), afirma que a prefeitura não sabia da troca intensa de documentos entre o órgão e a Infracea. Além disso, ele destaca que a reunião foi motivada por conta de um procedimento administrativo instaurado pelo Ministério Público Federal, que pedia explicações do motivo dos voos por instrumento não estarem funcionando.
Ele justifica que a morosidade do processo de regulação dos voos foi por conta da demora de entrega de documentos e da falta de procedimentos e correções por parte da Infracea. O comandante destaca que o foco é a segurança dos passageiros, por isso, as 36 não conformidades encontradas no início do processo geraram preocupação no Cindacta.
“Geralmente quando nos chamam para a vistoria não há nenhuma não conformidade e haviam 36, uma delas era falta de desempenho no barômetro e anemômetro, equipamentos fundamentais para os voos por instrumento”, explica.
Na reunião do dia 10, serão pontuadas as não conformidades e se a Infracea comprovar que resolveu as pendências, os voos podem voltar rapidamente. “Não é um processo demorado de se resolver”.
Sobre a falta de comunicação que a Infracea divulgava que estava acontecendo entre o Cindacta II e eles, o comandante mostrou uma pasta cheia de documentos trocados entre os dois, em três meses. “Normalmente trocamos dois ofícios e os problemas são resolvidos”.
O sociodiretor da Infracea, Fernando Siqueira, afirma que quando a administração do aeroporto foi transferida da prefeitura para a empresa, foram vistas algumas não conformidades e ele destaca que isso é comum. “Hoje não existe nenhuma pendência, o Cindacta II está analisando a documentação. Esperamos que na reunião de quinta-feira tudo seja esclarecido”.
Ele acredita que com o empenho da prefeitura, Cindacta II e a Infracea tudo será resolvido. “O que depender de mim e da minha empresa, esse voo não sai do aeroporto de Lages”.