Economia e Negócios
Santa Catarina se mantém entre os quatro melhores em geração de empregos
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho (MT), mostram que em outubro 22 estados brasileiros tiveram saldo positivo ao gerarem mais empregos do que demissões.
E Santa Catarina puxou o bom desempenho da Região Sul, com crescimento de 0,43%, em relação a setembro. Foram 8.611 novos postos de trabalho, contra 8.011 vagas do mês passado. O estado está entre as quatro federações que mais criaram vagas de emprego no país, mês passado.
Os números colocam o Estado atrás de Alagoas, São Paulo e Pernambuco. No Brasil, foram gerados 76.599 postos de trabalhos em outubro. As condições no Estado de empregabilidade ganham cada vez mais fôlego, principalmente por conta da retomada do Comércio e da Indústria, além da gradativa recuperação do crédito.
Na comparação com 2016, o desempenho é ainda mais relevante, já que em outubro do ano passado o estado havia criado apenas 1.267 vagas. O retrospecto positivo de outubro se deve aos setores do Comércio, com 3.204 vagas; Indústria, com 2.717 e Serviços, que contratou 1.728 trabalhadores a mais do que demitiu. A agropecuária também ficou em destaque com a geração de 1.160 novas vagas.
Em 2017, entre janeiro e outubro, o Estado já gerou 46.170 novas vagas com carteira assinada, em todas as áreas. No ano passado, o saldo foi negativo em 5.664 vagas. A expectativa é que a situação melhore ainda mais com o final do ano, período em que milhares de pessoas são contratadas temporariamente.
Estado tem a menor taxa de desemprego
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), realizada pelo IBGE na semana passada, aponta que Santa Catarina tem a menor taxa de desemprego do Brasil. De acordo com o estudo, o índice de desemprego é de 6,7%. A pesquisa refere-se ao 3º trimestre de 2017. Essa não é a primeira vez que o estado lidera o ranking. Aqui o desemprego nunca chegou a 8%, quando no Brasil a média é 12%.
A situação positiva, é claro é intrinsecamente ligada à geração de empregos. O presidente da Fecomércio/SC, Bruno Breithaupt atribui esse crescimento de vagas ao cenário de contratações neste fim de ano, com o aumento da demanda proveniente da temporada de verão e a expectativa de vendas para o Natal. A nova legislação trabalhista também, segundo ele, permite uma maior formalidade do trabalhador, ao facilitar a contratação temporária e intermitente, típica deste período. “Antes, sem a atualização da legislação trabalhista, estes trabalhadores ficavam na informalidade, sem seus direitos garantidos”, afirma.
>>Situação no Brasil_ Em âmbito nacional, o país criou 76.599 postos de trabalho formais em outubro – o sétimo mês seguido de saldo positivo. Neste ano, os saldos negativos foram registrados em janeiro e em março. O comércio puxou a recuperação com a criação de 37.321 empregos formais. No acumulado dos 10 primeiros meses do ano, o Brasil criou 217.403 novas vagas de trabalho com carteira assinada.
O crescimento do mercado formal em outubro foi puxado por três setores – comércio, indústria da transformação e serviços. “São setores que já vinham registrando números positivos. O crescimento destacado do Comércio já reflete, também, o otimismo e o aumento da produção da Indústria verificados em meses anteriores”, lembrou o ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira.
>>Serra Catarinense_ São Joaquim gerou 228 postos, enquanto que Lages ofertou 181. Porém, São Joaquim criou mais empregos do que Criciúma (apenas 70 vagas) mesmo sendo um grande centro, se comparado à cidade serrana. Chapecó, que concentra um grande polo industrial, gerou 43 vagas, quase o dobro que Correia Pinto, município bem menor, já Otacílio Costa teve saldo negativo de criação de postos de trabalho.
SC reduziu taxa em apenas três meses
O estado foi um dos sete que conseguiu reduzir a taxa de desemprego no último trimestre, entre julho e setembro. No segundo trimestre, a taxa em Santa Catarina foi de 7,5% e no primeiro, 7,9%. Mesmo assim, o número deste trimestre é maior do que o do mesmo período do ano passado, quando a taxa de desemprego era de 6,4%. * fonte IBGE