Santa Catarina
Santa Catarina descarta casos suspeitos do coronavírus
Atualização às 18h54 (29/1) –
A Secretaria de Saúde Santa Catarina (SES) por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC), informou há pouco que os dois casos suspeitos do coronavírus divulgados nesta quarta-feira (29), pelo Ministério da Saúde, foram descartados. Os resultados do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) deram positivo para Influenza B (gripe).
Os pacientes, um casal que mora em São José, viajaram no dia 26 de dezembro de 2019 e retornaram no dia 12 de janeiro de 2020. Eles partiram de São Paulo com destino a Bangkok, fizeram conexão em Madri e escala em Pequim, capital chinesa, onde passaram 12 horas.
A mulher de 29 anos começou a apresentar sintomas no dia 25 de janeiro e o homem, 28 anos, no dia 28. Ambos procuraram atendimento médico na terça, na UPA Continente em Florianópolis, com falta de ar, dores musculares, febre, tosse e coriza.
Após o atendimento, os pacientes tiveram alta e receberam instruções para permanecerem em isolamento em suas residências, sem receber visitas ou sair de casa para lugares públicos. O teste foi realizado pelo Lacen, que confirmou que eles foram infectados pelo vírus influenza B, da gripe.
Já são sete casos suspeitos no Brasil: Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Ceará. O médico infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), da Secretaria de Estado da Saúde, Fábio Gaudenzi, explica que a melhor maneira de prevenir a infecção é evitar ser exposto ao vírus.
“As medidas de prevenção são as mesmas adotadas para outros vírus respiratórios como o influenza, por exemplo, que são: lavar as mãos com água e sabão com frequência; evitar tocar os olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; evitar contato próximo com pessoas doentes; ficar em casa quando estiver doente; cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo; limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência”, alerta.
A Secretaria da Saúde também recomenda que viagens à China sejam evitadas. Isso porque não existe, até o momento, vacina para prevenir a infecção. Para aquelas pessoas que tenham viajado para o país asiático nos últimos 14 dias é importante ficar atento e procurar atendimento médico imediato em caso de febre acompanhada de pelo menos um sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros).
Casos suspeitos
Um caso é tratado como suspeito se a pessoa esteve na China nos últimos 14 dias e apresentou tosse e febre ao retornar. Neste caso, o paciente é colocado em isolamento e são realizados testes para checar, primeiro, se o que essa pessoa tem é influenza ou outra gripe. Caso os exames não acusem essa possibilidade, é feito o teste para coronavírus.
No momento, apenas o primeiro caso suspeito, da estudante de Minas Gerais, está na etapa de teste para coronavírus. Segundo o Ministério da Saúde, é possível que o resultado do teste seja conhecido na próxima sexta-feira (31).
Atualmente, 6.065 casos de coronavírus foram confirmados em todo mundo, sendo 5.997 somente na China, onde 132 pessoas já morreram. Não houve ainda nenhuma morte em outros países.