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Produtor diz que safra do pinhão terminou antes do previsto
A safra do pinhão, produto típico da Serra Catarinense, está encerrando fora da época prevista na região. Segundo o produtor Claudiomar Vanin de Moraes, que possui propriedade rural na localidade de Vargem Bonita, em São José do Cerrito, o produto está cada mais escasso.
“Lá no nosso sítio, a produção acabou há 15 dias. Em outras propriedades, deve ter pouca coisa”, comenta.
A maturação precoce da semente, ocasionada muitas vezes por fatores climáticos, talvez explique o fim da safra antes do previsto.
Claudiomar esclarece que algumas pinhas amadureceram antes do normal, no começo de março, um mês antes do início da colheita (1º de abril), conforme estabelece a legislação.
Geralmente, a safra vai até o mês de julho. “Nem o pinhão do tarde, [conhecido como cayuva ou macaco], existe mais”, afirma.
Claudiomar, que tem um ponto de venda da semente em frente à Agência de Desenvolvimento Regional de Lages (ADR), na BR-282, em Lages, afirma que a safra este ano deve fechar em 30% maior em relação a do ano passado.
Ele colhe, em média, de 2 a 3 três toneladas por ano. Para atender ao mercado consumidor, precisa comprar pinhão de outros produtores. O estoque dele não vai durar mais de um mês.
Com a oferta reduzida, natural que o preço do produto suba no comércio, é a chamada “lei da oferta e procura”. Claudiomar afirma que, atualmente, o valor do quilo no varejo está entre R$ 4,00 a 6,00. No início da safra, o quilo chegou a ser vendido a R$ 3,00.
Conservação
Para manter o pinhão em condições de consumo, Claudiomar dá algumas dicas. Explica que a pinha pode ser guardada inteira, mas precisa ser debulhada em até 30 dias, caso contrário, os pinhões são atacados por fungos e acabam estragando.
Outra opção é cozinhar a semente, descascar, colocar em sacos plásticos e guardar na geladeira. Nestas condições pode ser conservada por até seis meses.