Essencial
O menino que descobriu o vento
Baseado em uma história real, o filme “O menino que descobriu o vento” transmite emoções diferenciadas, mas que se equivalem. As lágrimas de tristeza se confundem ao sorriso de satisfação por presenciar uma história digna de um ‘herói’. Para representar melhor esse misto de emoções, que faz com que o telespectador sinta-se pertencente ao enredo, é preciso discorrer sobre em que se baseia a produção.
William Kamkwamba (Maxwell Simba) é um jovem garoto de Malawi, um dos países mais pobres da África, que busca por conhecimento para sanar a fome de sua família e amigos da vila. Os problemas se iniciam quando o governo começa uma derrubada de árvores na região, causando mudanças climáticas drásticas. Hora uma inundação das terras, hora seca.
William vê seus pais agricultores, que sempre lutaram para dar uma vida melhor e custear os estudos dos filhos, agora entrarem em desespero. Sem dinheiro para a mensalidade, ele é expulso da escola. A fome e a miséria atingem o local.
É, então, que o jovem de 14 anos inicia sua busca por soluções dos problemas. Com a ajuda de um professor e escondido do diretor da escola, ele começa a frequentar a biblioteca, conhece o livro “Usando a energia” e, por fim, constrói um moinho que muda totalmente o rumo da sua vida e das pessoas ao seu redor.
O drama é dirigido e estrelado por Chiwetel Ejiofor e originado pelo livro homônimo de Bryan Mealer. Debate questões sociais, descaso do governo, desmatamento, avanços na indústria e no agronegócio. Mas, acima de qualquer coisa, ele nos ensina a não desistir, e nos mostra o quanto temos para agradecer.
A magia está no fato de conhecermos o enredo da história e, mesmo assim, assistirmos ao longa e nos mantermos interessados a cada detalhe retratado ali. É a vida real, de milhares de pessoas, e isso é o que mais nos choca. A produção da Netflix entrou em cartaz no início de março e já está entre os títulos mais assistidos da plataforma. Vale a pena conferir a história de Kamkwamba após a construção do moinho.