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Mãe: sinônimo de amor
É com sorriso no rosto que os filhos contam a trajetória de vida de suas mães. Mulheres que não só deram todo o amor disponível, como também cuidaram e zelaram por eles.
Neste dia das mães, a homenagem vai para aquelas, que podem não ter gerado, mas acolheram as crianças com todo seu coração.
Adilson Voltolini, 36 anos, e sua irmã Karen foram criados pela avó Nilsa Maria da Silva Voltolini, que hoje tem 73 anos.
A admiração por ela não tem descrição. Ainda na juventude, criou as duas filhas sozinha, e depois que uma delas engravidou, ainda na adolescência, criou a neta; e algum tempo depois, o neto.
Para Adilson, Dona Nilsa pode ser homenageada não apenas no dia da avó e da mãe, como também no dia dos pais, avôs e outras tantas datas que para ele, ela se enquadra. Ela que cuidou das meninas até o casamento e ainda auxilia o neto que mora junto para cuidar de quem tanto fez por ele.
“Meu sentimento é de gratidão por tudo que ela sempre fez. Lutou para que nunca nos faltasse nada,” comenta.
Ele se sente privilegiado, pois, além da avó, tem a mãe biológica Sirlene e a tia Sulenia, que ajudaram na criação. Nos finais de semana, a família se reúne para almoços em família. “Não somos uma família tradicional, mas o amor é grande.”
Entre gerações
Arianna Souza Alves Parizotto, 25 anos, sente-se privilegiada, pois, com toda certeza, nunca teve ausência de família. Até os 5 anos, viveu com os pais em uma casa no mesmo terreno em que moravam os avós, em Correio Pinto. Depois que seus pais se separaram ficou com a mãe, mas sempre que podia, fugia para a casa da avó Delfina Bueno Alves. Pensando em seu bem-estar os pais decidiram que era melhor ela viver com os avós. Até a adolescência foi assim, com os dois presentes todos os dias.
Dona Delfina é para Ariana um exemplo de mãe, que teve três filhos e ainda adotou mais duas crianças, incluindo seu pai. “Nunca existiu distinção, nem dos filhos nem dos netos”, comenta.
Em sua criação, dita por ela, rigorosa, aprendeu muito e diz que se sentirá feliz se conseguir passar aos filhos pelos menos 50% do que foi ensinada.
Hoje, ela tem um filho, e Dona Delfina é apaixonada pela criança, que mora com a mãe em outra cidade. Ressalta que é encantada pelo coração tão puro e bonito da avó.
É grata por ter duas mães, sua avó e a mãe biológica, Rosangela Madruga de Souza. E fez valer a admiração no dia do seu casamento, quando entrou na igreja com toda a família. As duas mães, e os três pais, avô, pai e padrasto.
“Não consigo expressar em palavras o amor que sinto por elas e a gratidão que sinto pela minha avó,” diz.
Um episódio que não sai de sua cabeça foi o presente de seu noivado. Quando criança pediu por diversas vezes como presente uma boneca que a avó tinha desde a infância. “Ela me prometeu que daria quando eu completasse 10 anos e não aconteceu, depois com 15 anos e nada. No dia do meu noivado, ela me fez essa surpresa e foi muito emocionante.”
Minha mãe de coração
Edenir e Kátia casaram-se em 2006. Após alguns anos, o sonho de ter filhos aflorou. Após um período sem resultados, o casal iniciou uma bateria de exames. Foi assim que eles descobriram que Edenir não pode ter filhos.
Foi aí que decidiram iniciar um processo de adoção, juntaram os documentos, fizeram as entrevistas, o curso e entraram na fila do cadastro nacional. Mas como a ansiedade era grande, começaram a pesquisar sobre inseminação artificial. Foram para Blumenau em janeiro de 2012, em 17 de abril decidiram que fariam o tratamento. Mas foi uma ligação telefônica que mudou todo o rumo da história, já que foram informados sobre um menino aguardando por adoção. No dia da visita, o amor foi à primeira vista. Eles cancelaram o tratamento e, como relatam, foram abençoados com um anjo. Enzo Dolçan Espindula chegou com um ano e dois meses e mudou, completamente, as suas vidas.
Com o tempo, sentiram a necessidade de aumentar a família e, em 2014, iniciaram um novo processo de adoção. Em 2015 outro telefonema mudou novamente suas vidas, desta vez, Clarissa veio preencher ainda mais seus corações.
“São situações inacreditáveis que acontecem em nossas vidas. Hoje, temos uma família linda e extraordinária. E a cada dia aprendemos e ensinamos como viver esse amor,” relata Edenir.
Para Enzo não é diferente. Quando questionado sobre o sentimento em relação a sua mãe, ele resume em apenas uma palavra: amor!