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Leandro Niehues fala sobre os desafios no Leão Baio
Um grupo competitivo, brigador e que resgate a confiança do torcedor. Este será o perfil do Inter de Lages sob comando do técnico Leandro Niehues. Ele foi último técnico a ter sido campeão pelo Colorado. Comandou a equipe na campanha do título da Série B do estadual, em 2014. Nesta entrevista, ele fala dos desafios do Leão Baio, sobretudo no Estadual. Neste sábado (13), às 16h, o Inter faz seu primeiro jogo-treino. Será contra o Atlético (PR), na Arena da Baixada, em Curitiba.
Faltando menos de uma semana para a estreia, como está o time para o Estadual?
Leandro Niehues O grupo está cada vez mais incorpado. Estamos acelerando os trabalhos e os jogadores têm respondido de maneira satisfatória, tanto os atletas que já estavam, como aqueles novos que chegaram. A expecattiva é muito boa. A gente vai ter uma ideia de como está o time no amistoso contra o Atlético (PR), neste sábado. A expectativa é muito boa, acreditamos muito que vamos fazer um grande ano.
Falando de elenco, entre oito a nove novos atletas chagaram para reforçar o time. O Inter está no mercado em busca de contratações ou o elenco já está fechado?
O futebol é dinâmico, as grandes equipes sempre estão abertas para opções e nós também. A gente sabe das dificuldades do Campeonato Catarinense, que tem turno e returno. As disputas são acirradas e temos que qualificar o elenco, caso haja necessidade.
O torcedor do Colorado parece que se acostumou com medalhões, velhos conhecidos do futebol, alguém como o Marcelinho Paraíba e o Reinaldo, que passaram pelo clube em 2015. O Inter está negociando com alguém?
Independentemente do cara ser medalhão ou não, temos que procurar trazer bons jogadores, atletas que estejam num bom momento e comprometidos com a causa do Inter. Temos no elenco o Max, que dispensa comentários. Também trouxemos o Raphael Lucas, que foi artilheiro do Campeonato Paranaense em 2015, jogando pelo Coritiba. Estes jogadores talvez não se encaixem na situação de medalhão, mas estão num bom momento. Mas estamos atentos e já conversamos com alguns medalhões, mas não houve acerto. Independentemente disso, estamos atentos e se aparecer um jogador que agrade tecnicamente e que esteja dentro das condições do clube, podemos trazê-lo.
Você exerceu o cargo de coordenador de futebol no Inter, desde outubro do ano passado, até ser efetivado como técnico do clube. Neste período, ajudou a montar o elenco…
Participamos da montagem do grupo, sempre dentro da realidade financeira do clube. Montamos uma equipe bacana e competitiva. Aproveitamos para pedir à torcida que nos dê um voto de confiança, à comissão técnica e aos atletas. Estamos com nova postura e acreditamos que vamos fazer uma grande campanha.
Você foi técnico do Inter em 2014, quando o clube foi campeão da Série B, marcando o retorno à elite do futebol Estadual. Após, foi embora de Lages e comandou o Luverdense (MT), Volta Redonda e Vila Nova, entre outras. O que isso tudo agregou na tua carreira? Volta mais cascudo?
Em tudo na vida, o tempo te faz amadurecer e dentro do futebol não é diferente. A gente melhora em conceitos e na parte de relacionamento com os atletas e até com a imprensa. Às vezes a gente cria uma imagem perante à torcida, nesta minha experiência e outros clubes, apreendi que o que importa é o bem comum.
Quais são as metas do Inter no Estadual?
É evidente que o nosso primeiro objetivo é não cair, mas permanecendo na Série A, automaticamente vamos brigar por uma vaga na Copa do Brasil e no Brasileiro da Série D de 2019. Como tenho falado, vamos ter uma equipe competitiva, que resgate o prazer do torcedor de voltar ao Tio Vida.
O Inter tem um orçamento anual de cerca de R$ 1 milhão, enquanto isso, o da Chapecoense, por exemplo, aprovado para este ano, é de R$ 78 milhões. Como lidar com esta gigantesca diferença orçamentária e ainda ter que montar um elenco competitivo, que agrade ao torcedor?
No futebol, nem sempre o time de maior orçamento vence. É evidente que isso pesa na balança, mas a todo momento tem prova de que o futebol se resolve dentro de campo. Uma equipe bem organizada e com torcida empurrando pode fazer bons jogos e vencer equipes com um maior poderio financeiro.
Atualmente, fala-se muito em tática de jogo. No ano passado, o Corinthians, por exemplo, foi exemplo para todo mundo. Tinha um time que espera o adversário e atacava na hora certa. Qual é o estilo do time do técnico Leandro?
Acredito que o futebol tem que ter equilíbrio. É isso que vamos procurar fazer no Inter. Como falei, vamos ter um time competitivo e que dê prazer ao torcedor de ir ao Tio Vida.