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Exposição reúne artistas da cena underground de Lages

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As camisas e jaquetas estilizadas feitas por Romulo, bem como as peças de roupa produzidas pelo coletivo Kabuki, integram a Exposição Cenorarte - Foto: Núbia Garcia

A cena underground de Lages vai escrever um novo capítulo neste fim de semana. A Exposição Cenorarte, que acontece no próximo domingo (4), reunirá tatuadores, poetas, pintores, músicos, fotógrafos e alfaiates – todos artistas cujos trabalhos fogem dos padrões comerciais e de modismos. O objetivo é apresentar trabalhos e serviços, que em sua maioria são conhecidos por um público específico, para divulgá-los a um público mais plural e genérico.

“Queremos mostrar que existe gente que vive de arte em Lages, que isso é possível, que a geração jovem também pensa de forma crítica. Além disso, tentar incentivar as novas gerações a prática artística e, principalmente, de expressão e personalidade”, explica o coorganizador do evento, Lucas Speranza.  Além das exposições dos trabalhos e serviços de diversos artistas, haverá também alimentação e shows de bandas.

Inspirado na Beat Generation, iniciada nos Estados Unidos no final da década de 1950, o Cenorarte tem na coletividade seu principal diferencial. De acordo com a organização, o evento não possui um representante oficial, pois o foco é justamente na coletividade de um grupo de artistas, que buscam evolução no cenário artístico local, fomentando a troca de ideias, experiências, técnicas e inspirações artísticas.

O alfaiate Romulo Ribeiro produz camisas e jaquetas estilizadas. Ele é um dos profissionais que vai expor seus trabalhos no Cenorarte. Mesclando técnicas da alfaiataria tradicional com muita criatividade, ele estiliza peças de roupas, dando um toque único e cheio de personalidade a cada uma.

O slow fashion (moda lenta, em português), que é uma alternativa aos hábitos de consumo de roupas produzidas em grande escala e defende princípios como boa qualidade e justiça para consumidores e produtores, é adotado por Romulo. O alfaiate de apenas 23 anos tem muito cuidado na hora de produzir suas peças, para que transmitam a personalidade do cliente.

“O termo alfaiataria remete a um traje de gala, a uma roupa pensada e sob medida. Peguei este termo porque faço cada peça de roupa de forma pensada, mas sem seguir um padrão. Também não produzo roupas pensando em gênero, essa parada de gênero em roupa é muito zoada. Uma mina pode ver uma jaqueta com corte mais masculino, curtir e querer usar. O essencial é que a roupa seja, além de confortável, útil”, comenta.

Ao lado da artesã Vitória Fernandes e do também alfaiate Sandro Baroni, Romulo faz parte do coletivo Kabuki, que reúne três marcas de produção independente de roupas. Os trabalhos dos três integram a Exposição Cenorarte.

Participantes

  • 4 Elementos – banda de rock e MPB
  • Arthur Jutel – poeta e musicista
  • Gabriel Rodrigues – músico
  • Hércules Bernardo – pintor
  • Igor Felipe – tatuador e pintor
  • João Vitor – cozinheiro
  • Lucas Speranza – escritor
  • Luiz Simonetti – pintor
  • Matheus Felipe – pintor
  • Marcos Jeremias – produtor de mudas
  • Marcos Vinicius – tatuador e pintor
  • Maria Júlia – produtora de mudas
  • Rodrigo Ribeiro – tatuador e pintor
  • Romulo Ribeiro – alfaiate
  • Rudimar Cinfuentes – artista plástico
  • Sabrina Lima – fotógrafa
  • Sandro Baroni – alfaiate
  • Thomaz Fernando – tatuador e pintor
  • Vinícius Colla – pintor
  • Vinícius Felipe – pintor
  • Vinícius Sagaz – pintor
  • Vitória Fernandes – artesã

Exposição Cenorarte

  • Quando: Domingo, dia 4 de agosto, das 10 horas às 17 horas
  • Onde: Sacolão Speranza, na Rua Monte Castelo, 227, Centro – Lages/SC
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