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Educação Fiscal: Alunos participam de caminhada e apresentam seus trabalhos

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Caminhada para a Cidadania encerra trabalhos do programa Educação Fiscal - Foto: Vanessa Almeida

Na tarde desta terça-feira (28), cerca de 800 alunos da rede municipal de ensino participaram da Caminhada para a Cidadania, no Centro de Lages. A atividade faz parte da devolutiva das atividades realizados no programa Educação Fiscal que acontece em 25 escolas do município. Na Praça Vidal Ramos Sênior (Terminal), antes de começarem a caminhada, os alunos expuseram ao público maquetes, cartazes e entre outros trabalhos que elaboraram durante o ano, dentro do projeto.

Este ano, por exemplo, toda a Escola Municipal de Educação Básica Manoel Thiago de Castro, do Bairro Santa Clara, se envolveu e colocou não somente a mão na massa, mas também a cachola para pensar e refletir sobre gestão dos recursos públicos, pirataria e as pequenas corrupções. De acordo com o professor de geografia, Cristian Roberto Antunes de Oliveira, 150 estudantes foram envolvidos nas atividades do projeto. E ele e outros sete professores das mais diversas áreas do conhecimento, auxiliaram esses alunos a executar os trabalhos.

As alunas Vanessa Camargo, de 10 anos, Nathalia Martins, 9, ambas do 3º ano; e os estudantes Gustavo de Oliveira, 13, e João Vitor Mota dos Santos, 12, ambos do 6º ano, tinham na ponta da língua o que aprenderam e o fizeram nas atividades de Educação Fiscal.

Foram mais de 20 modalidades de discussões durante o ano, envolvendo teatro, trabalhos manuais, confecção de mascotes, concurso de poesias, produção de textos, paródia, seminários e debates com eles sobre os temas. Desde 2013, quando iniciou o projeto, a escola participa.

Objetivo é ensinar também sobre tributação

O auditor da Receita Federal (órgão apoiador e patrocinador do projeto), Luiz Spricigo, explica que o objetivo da Educação Fiscal ensinar os alunos a ter um senso crítico para perceberem aonde está indo o dinheiro que os pais deles, ou seja, a sociedade, pagam em forma de tributos. Segundo ele, essa é uma ação efetiva de como é possível mostrar que não adianta somente reclamar que os políticos não fazem o certo, que desperdiçam recursos, que falta recurso para educação e saúde. “É uma ação a qual o aluno entende o que é pagar imposto, para que serve”.

“É também um trabalho extremamente forte sobre cidadania” – Luiz Spricigo

A Receita Federal apoia os estudantes com material, repassando toda a metodologia, inclusive com apostilas. O programa abrange desde o ensino fundamental até o ensino médio, podendo chegar, também ao superior, em algumas universidades.

Educação Fiscal acontece desde 2013 nas escolas

A rede pública municipal executa o Educação Fiscal desde 2013. A importância de um programa nesses parâmetros era discutida já desde 1996, nacionalmente. Com o tempo, os trabalhos desses alunos começaram a tomar grandes proporções, expandindo para fora da escola. Há diversos tipos de projetos, inseridos no programa, inclusive aqueles que melhoram a qualidade de vida da comunidade. Por isso, também, surgiu a necessidade de expor os trabalhos a população.

A secretária de Educação, Valdirene Vieira, comenta que o projeto ficava restrito apenas comunidade escolar, o que é positivo. “Porém, estamos num patamar que a sociedade precisa se envolver nos projetos”. A Educação Fiscal é um projeto que já tem uma história e trabalhos relacionados não somente a ao tema, mas que também abrange desde a criança aprender que o lápis que pegou do colega tem de devolver; que não pode furar a fila do lanche porque não é sua vez. “Tudo isso embute na criança o senso de confraternização, compartilhamento e respeito”.

Valdirene conta que quando optaram em fazer a devolução dessa forma gigante, foi para tentar locomover e mexer com a sociedade de uma forma geral. Ao todo, 19 escolas participaram da ação desta terça, na praça do Terminal.

“As pessoas precisam saber que essa questão sobre cidadania começa desde pequeno”, diz a secretária Valdirene

A coordenadora do programa na rede municipal, Andressa Mota de Oliveira, explica que todos os anos, a secretaria lança a proposta para as escolas, e as que se interessam em abraçar o projeto, manifestam o interesse e selecionam dentro da instituição os professores. Na maioria das vezes, são professores de todas as áreas do conhecimento. Andressa conta que há instituições que tem turmas do pré-escolar participando, inclusive.

“A escola toda acaba respirando Educação Fiscal”, finaliza Andressa

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