Esportes
Da Serra para a Europa
A Serra Catarinense é o berço da jogadora de futsal Gabriela de Souza Oselame, de 22 anos. Foi no Colégio Djalma Bento, na pequena cidade de Rio Rufino, que a goleira deu os primeiros chutes em bola. Não demorou muito para começar a colher os frutos. Após passar por várias equipes da região, ganhou projeção internacional. Hoje, brilha jogando futsal na Itália. “Era um sonho que eu tinha jogar aqui, quando tive a oportunidade, não pensei duas vezes, agarrei com as duas mãos”, conta.
Gabriela começou a ser lapidada em uma escolinha de futebol de meninos, em 2005. “Treinávamos todos os sábados de manhã. Depois comecei a disputar os Jogos Escolares de Santa Catarina por Rio Rufino. Em 2011, joguei com o treinador Paulinho, com o time da Marka Sport, em Lages, e treinava duas vezes por semana”, conta.
No ano seguinte, ela passou a morar em Lages, disputou os Jogos Comunitários, enquanto continuava treinando com a Marka. E entre 2013 e 2015, antes de ir embora para a Itália, em setembro do ano passado, jogou pelo Inter de Lages (hoje Leoas da Serra).
A carreira de Gabriela deu um salto este ano, quando foi convocada pela Seleção Brasileira de Futsal Clássico (que utiliza as regras antigas da modalidade). Pela seleção, foi campeã Mundial em torneio disputado na Catalunha, na Espanha. O título veio justamente contra o maior rival do Brasil: a Argentina. Na final, as brasileiras bateram as rivais por 5 a 2.
Telefone ajuda a matar saudade
Gabriela é filha de Herdel Oselame, de 55 anos, e Suzi Oselame, 53, ambos servidores públicos da Prefeitura de Rio Rufino. Eles contam que a atleta sempre gostou de jogar futebol. “Ela sempre dizia que queria ser jogadora e não teve influência de ninguém da família”, lembram.
Para diminuir a saudade da filha, os dois recorrem à tecnologia. “Não temos contato físico, mas conversamos diariamente com ela por telefone. A gente fica muito feliz por ela estar lá e fazer o que gosta, mas sentimos uma enorme falta dela”.
Gabriela foi embora para a Itália por intermédio de uma colega que morava lá. Começou jogando pelo time de Fasano e, atualmente, defende o Bellator Ferentum, que disputa a série A1 do Campeonato Italiano. A atleta confessa que sente muita saudade da família. “Isso que mais pesa morar fora do Brasil, a saudade dos meus pais, meus irmãos e amigos. Penso em trazer meus pais para cá”, revela.