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Crime triplamente qualificado resulta em prisões em Lages

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Corpo de homem foi encontrado boiando no Rio Caveiras - Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

A Justiça determinou, na sexta-feira (20), em Lages, a prisão preventiva de três policiais militares e outro acusado. Eles foram denunciados pelo Ministério Público por, supostamente, terem matado Erick Fernando Rodrigues de Campos, de 25 anos. A decisão do juízo em decretar a prisão cautelar se deu para assegurar a eficácia das investigações dos crimes de homicídio triplamente qualificado, pelo motivo torpe, meio cruel e surpresa, ocultação de cadáver, além de inserção de dados falsos, por parte de dois policiais.

O cadáver foi encontrado às margens do Rio Caveiras, entre os municípios de Lages e Capão Alto, no dia 1º de julho, com diversas lesões na região da cabeça. A investigação chegou a um suspeito que havia gravado um vídeo da vítima assumindo a prática de furtos em sua residência. Também foi apurado que no dia 28 de junho uma viatura esteve na casa da vítima, oportunidade em que foram ouvidos gritos.

Em interrogatório, o suspeito confessou ter matado o homem com a participação dos policiais militares. Um deles teria dado um golpe deixando-o quase desacordado. Depois de arrastá-lo, iniciaram-se as agressões. Já sem vida, o homem foi colocado no porta-malas do carro do réu e levado até a Ponte Velha, na BR-2, em Lages, local onde foi jogado no Rio Caveiras.

O juízo da Comarca de Lages esclarece que há provas da materialidade e da autoria dos delitos extraídas de declarações de testemunhas, do sistema de videomonitoramento, reprodução simulada dos fatos, laudos periciais, interceptação telefônica, além da confissão parcial de um dos réus. Segundo a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Lages, os agressores atuaram como justiceiros e a motivação do crime se deu pelo fato de a Erick possuir antecedentes criminais por envolvimento em delitos contra o patrimônio, e nunca permanecer preso. 

A Justiça diz que a liberdade dos acusados representa perigo por conta de possíveis intimidações às testemunhas. “Nas interceptações telefônicas, foram constatadas conversas entre os denunciados buscando engendrar formas de se livrar da investigação e da responsabilização criminal dela decorrente, inclusive, trocando informações sobre uma das testemunhas, dando a entender que pretendiam ceifar sua vida.”

Os mandados de prisão referentes aos policiais militares devem ser cumpridos pelo comando do 6º Batalhão de Polícia Militar e os PMs encaminhados para a sede da corporação. Já o do outro réu, pela polícia Civil. Os nomes dos acusados não foram revelados porque o processo corre em segredo de justiça.

Fonte: Núcleo de Comunicação Institucional do TJSC – comarca de Lages 

Polícia Militar diz que não compactua com comportamento de PMs

Sobre a prisão preventiva de três policiais militares, em Lages, a Polícia Militar esclareceu, através de nota, que no dia 11 de julho, quando tomou conhecimento dos fatos, providenciou a instauração de um Inquérito Policial Militar e colaborou com as investigações da Polícia Civil.

A instituição destaca que tem a missão constitucional de garantir os direitos e preservar a ordem pública. Dessa forma, enfatiza que não compactua com desvios de conduta e se posiciona de forma intransigente com a ilegalidade. 

Corpo de homem é encontrado em rio perto da antiga BR-2

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