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Crianças e adolescentes que apresentem casos clínicos devem ser encaminhadas à UPA

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Foto: Marcela Ramos

A sala de pediatria já está montada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Lages,  e conta com poltronas hospitalares, leitos e decoração dedicada ao público infantil; pronta para receber os novos pacientes, pois, a partir de hoje, o local passa a atender o setor da pediatria. E, por esse motivo, foi realizada uma coletiva de imprensa na manhã de segunda-feira (13), a fim de esclarecer, novamente, como vai funcionar a divisão dos casos a serem atendidos na UPA ou no Hospital Infantil Seara do Bem.

A secretária da Saúde de Lages, Odila Waldrich, explicou que na UPA, serão atendidas crianças e adolescentes que apresentem casos de baixo risco/clínico, ou seja, situações de diarreia, gripe, infecção de garganta, bronquiolite, crise de asma leve a moderada, realização de suturas, alergias, infecções de pele, dor abdominal, dentre outros quadros semelhantes. Também ressalta que crianças com menos de 40 dias, devem ser levadas diretamente ao Hospital Infantil.

Em situações graves, como traumatismo, quedas, acidentes, pacientes que necessitam de UTI, crise de asma grave, doença do coração já diagnosticada; o paciente deve ser encaminhado ao hospital.

Nos primeiros 60 dias, até haver um entendimento geral da população, as crianças e adolescentes que chegarem ao Hospital Infantil com casos ambulatoriais (pouco urgente),  terão um veículo disponível para levá-los até a UPA. Da mesma forma que a UPA terá uma ambulância à disposição para fazer o transporte do paciente que apresenta caso grave, até o hospital. 

“Quando forem acionados, a equipe do Samu e do Corpo de Bombeiros estão alertados sobre essa divisão de casos, e levarão direto ao destino correto de atendimento”, explica o clínico-geral emergencista da UPA, Luciano Fioreze. 

Para maior compreensão dos pais e de toda a família, serão distribuídos folhetos em todas as escola municipais, explicando a divisão dos casos para que cada caso seja levado ao local correto. Também será orientado para que apenas uma pessoas acompanhe a criança para o atendimento, a fim de reduzir a aglomeração de pessoas.

Novo setor exige contratações

Além de receber adultos, a UPA também foi projetada para crianças e adolescentes, e para suprir a demanda, conforme o gerente da UPA, Gilmar Ribeiro, foram contratados 28 técnicos e enfermeiros.  

Diferente das outras Unidades de Pronto Atendimento do Estado, a qual crianças e adultos ficam juntos em todos os processos, as crianças ficarão junto aos  adultos apenas na recepção da UPA, no processo de estratificação de riscos (triagem). A medicação e a observação serão feitas em salas separadas. 

“O objetivo desta divisão de locais entre UPA e hospital é agilizar o atendimento das nossas crianças. As pessoas estão preocupadas, dizendo que isso não vai dar certo, mas o projeto UPA é para todo o país, então, por que em Lages isso não vai funcionar? Apenas para os pessimistas que não”, comenta Odila. 

O por que da mudança?

A partir da inauguração, que foi em 20 de julho deste ano, a UPA até 120 dias para a regularização dos atendimentos, e um deles referia-se ao setor de pediatria. Assim como outras especialidades, o hospital também deve oferecer o atendimento pediátrico para que o Ministério da Saúde continue repassando recursos financeiros mensais referentes às especialidades.

Odila explicou que, há alguns anos, o Hospital Infantil cedeu o espaço para o município para que o atendimento às crianças fosse realizado, já que no antigo pronto atendimento não tinha estrutura para tal.

No Termo de Ajuste de Conduta (TAC), assinado entre a prefeitura e o Ministério Público, consta que, a partir da inauguração, as crianças passariam a ser atendidas na UPA. “Nós vamos ter de cumprir esse acordo junto ao Ministério Público. Hoje, a demanda na UPA suporta esse novo setor”, explicou. 

 

Como classificar os casos 

Casos  Ambulatoriais

          (UPA) 

Casos de Urgência e Emergência (HISB)
Gripes Traumatismo
Diarreia  Quedas
Infecção de garganta  Acidentes
Bronquiolite  Necessidade de UTI
Crise de asma leve Crise de asma grave
Realização de suturas Doença de coração
Alergias  Afogamentos/Engasgamentos
Infecção de pele 
Dor abdominal 

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