Cogumelo estimula a economia no meio rural

Urupema se prepara para o 1º Festival Gastronômico de Cogumelos, que acontecerá nos dias 26 e 27 de maio. Com informações da jurada do programa Masterchef, Paola Carosella, o biólogo Ari Fernando Raddatz treinou cerca de 40 produtores das comunidades rurais do município para colher.

Se engana, quem pensa que é preciso plantar os cogumelos, o necessário é só saber retirá-los da terra. E torcer para que chova, pois a água e o clima frio, ajuda na proliferação.

A produção leva cerca de quatro meses e os cogumelos nascem sozinhos. Há 17 anos, quando as empresas de celulose chegaram na Serra Catarinense, elas plantaram pinus. As mudas que vieram da Europa estavam com esporos de cogumelo, que nasceram no meio do mato em meio aos pinus.

O biólogo explica que a parte retirada seria a flor e o caule permanece embaixo da terra, gerando mais cogumelos. “Recomendamos que quem colhe, vá com uma cesta vazada para que os esporos caiam no chão e sejam semeados na terra”.

É importante conhecer os tipos de cogumelos, pois há alguns alucinógenos, outros tóxicos, que podem levar até a morte. Na região, há em média 15 tipos de cogumelos, sendo que três são comestíveis, quatro tóxicos e alucinógenos e dois altamente tóxicos. “Pode passar a toxina de um cogumelo para outro, porque se tocar em um, pode passar o veneno para o outro”.

O cogumelo in natura é vendido por R$ 80, o quilo. O desidratado agrega valor, mas para fazê-lo é preciso adquirir uma máquina que pode custar até R$ 15 mil. Para quem quer cultivar, para entrar no ramo de negócios do cogumelo, ele conta que há venda de mudas de pinus com esporos para produtores.

Planos_ O festival terá participação de chef´s de outros Estados e acontecerá no Clube 3 de Maio. Serão feitos diversos tipos de pratos com cogumelos e a intenção é fazer outra edição no ano que vem, quem sabe com um concurso de gastronomia. “Também queremos fazer em outras cidades. O objetivo maior é popularizar esse produto para que seja mais comercializado na região, hoje vemos este comércio mais em São Paulo”.