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Bohemian Rhapsody e a repercussão

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Foto: Divulgação

Freddie Mercury sempre esteve à frente do seu tempo. Numa época de início de desconstrução de tabus relacionados à sexualidade, tornou-se um ícone do Rock n’ Roll com suas características andróginas e o rompimento entre o masculino e o feminino. Triste que poucos saibam que isso falava muito mais alto que o som que a banda Queen produzia.

Reflexo disso, são os recentes episódios de homofobia registrados em salas de cinema do Brasil. Segundo relatos na internet, houve quem vaiasse e ‘xingasse’ as cenas de beijo gay do longa-metragem Bohemian Rhapsody. Recém-lançado, o filme conta a ascensão da Queen, a vida de Freddie e, principalmente, a produção de uma das músicas que dá nome à obra, uma das mais icônicas da banda.

Houve quem dissesse que não passa de fake news essa homofobia durante a exibição do longa. Contudo, deve-se lembrar que, mesmo tendo uma vida bastante reservada, depois do anúncio de que estava com Aids, em 1987, o relacionamento de Freddie com Jim Hutton – com quem ficou até o fim da vida – e a sua performance nos palcos eram uma bandeira LGBT à época.

Tomara que não passem de boatos, porque é triste pensar que, mesmo após a morte, Freddie sofra com a homofobia, ainda que indiretamente. Uma figura que rompeu com os padrões da sociedade, na década de 1980 e, possivelmente, enfrentou olhares tortos. Nada que o abalasse, pois sempre se mostrou confiante, assumiu riscos e serviu de exemplo de luta da Aids e do movimento LGBT para muitos.

 

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