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Bem casados: Maio ainda é o mês das noivas?

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Pâmela Cristina Waltrick Ribeiro e Matheus Furtado Silva. Crédito: Marcus Bordado

O casamento é a realização de um sonho para muitas pessoas. A cerimônia traz todo um encanto para os noivos e convidados. Por isso, cada detalhe faz a diferença. Inclusive a escolha da data.

Maio é considerado por muitos, o mês das noivas. Tudo indica que a tradição vem do Hemisfério Norte, onde maio chega e com ele as flores, elemento muito associado a celebração do amor no casamento.

Mas será que ainda acontecem muitos casamentos neste período?

Para Pâmela e Matheus, este será o mês do tão aguardado sim.

Desde pequena, Pâmela sonhava em se casar. Idealizava a cena de seu pai a levando ao altar. Juntos há 8 anos, a história do casal é cheia de reviravoltas. Em 2009, por uma coincidência em que uma tia dela era vizinha do pai dele, e os dois se conheceram em um almoço de família. Naquele dia, ocorreu apenas trocas de olhares. Foi em 2010, depois de ela adicionar Matheus em sua rede social, que os dois começaram a conversar. Alguns meses depois, eles começaram o namoro. Ele morava em Florianópolis e ela em Lages, o namoro foi à distância até que ele veio estudar na cidade. Como prova do amor dos dois, ainda aconteceram mais duas mudanças, uma dela e uma dele, mas o sentimento resistiu. Atualmente, Matheus trabalha no Mato Grosso e, após o casamento, Pâmela vai se mudar para lá. Para agilizar o processo, o noivado aconteceu em setembro de 2017 e o casamento está marcado para 19 de maio.

“A escolha da data foi uma união de fatos, entre elas, por maio ser considerado o mês das noivas, e por comemoração do aniversário do Matheus, no dia 18,” comenta ela. Matheus não tinha o sonho de uma cerimônia de casamento, mas que fez do sonho de Pâmela, o seu.

 

Organização

Muitas pessoas têm o sonho de realizar uma linda cerimônia de casamento, com tudo que têm direito.

São meses de preparação, pensar em cada detalhe e, muitas vezes, isso não é tarefa fácil para os noivos.

“Ah! Mas vai ser uma cerimônia simples, para poucas pessoas…”

Tudo começa assim, tem a lista de convidados, buffet, sonorização, convites, vestido, terno, decoração, local, e por aí vai.

A pequena lista só se estende e a organização que parecia simples se transforma em uma terrível tarefa. Por isso, atualmente, muitos casais, antes de qualquer coisa, entram em contato com um cerimonialista.

Simone Sá atua há 10 anos na área e já realizou mais de 200 casamentos. Ela sempre aconselha que os noivos tenham por perto um profissional. O cerimonialista é um organizador de eventos que pode indicar vários fornecedores e, conforme cada estilo e personalidade, formar uma orquestra que vai ser coordenada no dia do evento. Para que o sonho se realize, é preciso que o cerimonial tenha uma equipe proativa e preparada para todos os tipos de imprevistos, que são muitos e ninguém está livre de acontecerem. Além de estar em sintonia com os fornecedores.

Dentro desse mundo de sonhos, Simone já vivenciou vários momentos lindos e inusitados. Digo às minhas clientes sempre: “Seu dia tem que ser no mínimo perfeito.”

Francine Kloppel trabalha há 7 anos com assessoria e cerimonial, neste período já são mais de 100 eventos realizados. Ela vivenciava esse universo e quando surgiu a oportunidade de realizar eventos intimistas, ficou encantada. “Vivo intensamente cada sonho, como se fosse meu. O carinho, o respeito e a dedicação fazem com que o sonho seja perfeito,” diz ela, que garante: uma equipe preparada é a base para que tudo dê certo.

Pâmela que o diga, no início pensou em organizar tudo sozinha, mas resolveu conversar com a cerimonialista. “Por mais que seja um casamento para poucas pessoas, a organização, eu acredito, é primordial,” comenta ela, que quer aproveitar o seu dia sem preocupações e, conforme relata, foi um dos melhores investimentos. Tudo também vai se realizar graças aos seus pais Samuel Rodenbusch Ribeiro e Izabel Cristina Maluche Waltrick Ribeiro que quiseram tornar seu sonho realidade.

 

Uma linda homenagem

Amanda é natural de Lages, mas saiu muito cedo da cidade rumo a Itajaí, com os pais. Nos feriados ou férias, quando visitava os avós, em Lages, um dos cenários favoritos era o Parque Jonas Ramos, o Tanque. Muitas vezes, ia sozinha ao local ler ou ficar sentada observando o ambiente.

Amanda e seu avô Hermelino Franklin de Moura

Seus avós eram do sítio e juntos criaram 10 filhos. Ele, tropeiro, carregava gado até Joinville, e ela, parteira desde moça. Ouviu histórias desde criança sobre sua avó nas costas do Rio Pelotinhas. Das tropeadas quando o avô levava o gado para beber água. Quando pensou em casar não conseguiu imaginar outro lugar que não fosse o Tanque.

Para unir o legado deixado pelos avôs. As histórias e o companheirismo compartilhados entre eles, marcou seu casamento para o último dia 24 de fevereiro, quando seu avô completou 100 anos.

No local, estavam os pais do casal, irmãos, pastores e duas amigas.

O buquê da noiva foi feito com Hortências, as preferidas de seu Hermelino, que pensou que a neta estava vindo visitá-lo no seu aniversário. O casamento foi uma surpresa, já no local, emocionado, foi ele quem levou as alianças, um passo de cada vez…

O pedido já havia sido feito por Piter, marido de Amanda, um mês antes. Mas a homenagem foi uma bela surpresa para alguém tão especial.

Amanda Bett Klug e Piter Klug. Crédito: Nando Velho

“Nascemos para sermos seres relacionais, para construirmos ligações com as pessoas. E uma família é a principal forma para isso.”