Esportes
Atleta do Lages Futsal será velado no Rio Grande do Sul
O atleta do Lages Futsal, José Diego dos Santos, que sofreu traumatismo craniano-encefálico durante treino, há uma semana, e estava internado no Hospital Nossa Senhora do Prazeres, em Lages, morreu na terça-feria (16).
O corpo do atleta de 24 anos será velado no município de São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul, estado onde nasceu. Diego é pai de uma menina de dois anos e um menino de dois meses. Estava em Lages há cerca de três meses, cidade que escolheu para começar um futuro no futsal.
O rapaz não trouxe a família porque queria primeiro se organizar e também pesou, na decisão, o nascimento recente do segundo filho. Antes de chegar a Lages, o ala estava sem clube e jogava campeonatos amadores. Estava recebendo Seguro Desemprego, pois havia se desligado de uma fábrica.
Diego sonhava em fazer carreira e apostou no projeto do Lages Futsal, embora não tenha sido exigido dedicação exclusiva e podendo trabalhar em outro ramo, vislumbrou boa oportunidade aqui. Pelo Lages Futsal, ganharia salário, mas não suficiente para sustentar uma família. Assim como ele, os outros 25 atletas trabalham e defendem o time lageano.
A notícia da morte do jogador abalou os lageanos e os companheiros de clube. Os atletas estavam arrasados e, apesar do pouco tempo de convivência, aprenderam a gostar do jogador canhoto. “Sou da mesma cidade que ele nasceu [Santo Ângelo], mas vim conhecê-lo aqui. Era um bom jogador e companheiro,” disse André Bizzi, treinador de goleiro do clube
Carreira
Diego participou de cinco jogos. Marcou apenas um gol, mas fundamental para a campanha dos lageanos, além de ser diante da torcida. O Lages Futsal perdia por 4 a 3 e Diego empatou. O gaúcho começou a sua carreira nas quadras de São Luiz Gonzaga (AGSL), onde jogou até o fim das atividades do time, em 2015. Disputou a Série Bronze pelo Cerro Negro Futsal e Cometa, de Rodeio Bonito; até fechar contrato com o Lages Futsal.
Demora para liberar corpo
Quando há morte por acidente, caso do jogador, ou morte violenta, é preciso passar por necropsia. O Instituto Médico Legal (IML), ligado ao Instituto Geral de Perícias (IGP, levou o corpo de Diego no meio da tarde para realizar os exames.
Por essa razão a demora para liberação do corpo para o velório. “Quando falece no hospital, o corpo é preparado, levado para o necrotério e liberado para o sepultamento”, explica o superintendente do Hospital Nossa Senhora do Prazeres (HNSP), Fábio Lage.
O acidente
O rapaz participava da preparação para o primeiro jogo das quartas de final do segundo turno da Liga Catarinense de Futsal, contra a equipe de Saudade. O acidente aconteceu durante o treino, no dia 9, no Ginásio Ivo Silveira.
Diego, ao tentar dominar a bola, perdeu o equilíbrio do pé de apoio, caiu, bateu a cabeça, provocando sangramento pelo ouvido. O Samu fez os primeiros atendimentos e o conduziu ao Hospital Nossa Senhora do Prazeres, onde ficou em coma induzido. Há dois dias, o quadro piorou, Diego teve parada respiratória e não resistiu. O neurologista Gibrail Dib Antunes Filho foi o responsável pelo atendimento.