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Acesso a internet por jovens e crianças exige controle
Para conquistar visualizações e popularidade na internet, crianças, adolescentes, jovens e até adultos se submetem a desafios perigosos que podem custar a vida. Na última semana, uma menina de 7 anos morreu após participar do desafio do desodorante, em que o objetivo é aspirar o produto e mostrar a quantidade de tempo que aguenta ficar sem respirar.
A morte da garota traz à tona a reflexão sobre os jogos que possuem milhões de acessos no YouTube e incentivam as práticas de dor e sofrimento. Mesmo sofrendo para gravar os vídeos, os youtubers continuam os desafios, sem medir as consequências.
A psicóloga Layla Ehing explica que os novos desafios tornam-se perigosos pela intoxicação causada pelos materiais que as crianças e adolescentes inalam. “Eles podem assistir aos vídeos e não se dar conta do perigo e do risco de morte que o ato pode trazer”.
Layla ressalta ainda a importância de monitorar os conteúdos que seus filhos acessam na internet. Acrescenta que é preciso criar um ambiente que possibilite o diálogo dos mesmos, sentar com os jovens e questioná-los a respeito do que estão vendo.
“O que você acha que o jovem do vídeo está fazendo? Você considera correto? Sabe que a inalação de tal produto pode causar uma parada cardiorrespiratória? São alguns exemplos de questionamentos possíveis para que o jovem se dê conta dos riscos de maneira consciente”, completa.
Elo de confiança
Layla afirma que a prevenção e o monitoramento envolvem um bom relacionamento familiar, boas relações sociais, autoestima e confiança do adolescente. “Familiares em contato com a escola e com os professores, para acompanhar melhor o desenvolvimento de seus filhos; escolas que proponham dinâmicas e vivências positivas, possibilitando ferramentas de autoconhecimento e autoestima dos alunos, capacidade de reconhecer alguma dificuldade e recorrer a ajuda de profissionais de saúde são fundamentais”.
A mestre em Educação Vivian Fatima de Oliveira alerta para que os pais estejam sempre atentos e monitorando a navegação dos filhos pela internet. “O diálogo é sempre imprescindível, conversa franca, esclarecendo sempre os riscos e danos desses desafios.
Outro aspecto importante é identificar o tempo que os filhos passam na internet e com quem interagem, além de prestarem atenção às mudanças de comportamentos”.
“Cada pessoa individualmente é influenciada pela sua cultura e relações sociais, não só em casos como o suicídio, mas quando temos raízes culturais positivas e fortes nos tornamos indivíduos mais seguros. Situações de risco e vivências negativas na infância podem desencadear comportamentos de risco”, afirma a psicóloga Layla Ehing