Essencial
A essência do café
O café é um grande aliado para dar aquele gás durante os dias de trabalho e estudo. Não é à toa que a bebida é cercada por muitos admiradores. Servido de formas variadas, ele vem ganhando cada vez mais espaço e variedades nas mesas das cafeterias.
Provavelmente, você já tomou sua xícara de café hoje, ou até mais que uma. No caso de Jeniffer Pedroso, 25 anos, são no mínimo sete xícaras por dia. A consultora de crédito é assumidamente apaixona pela bebida tão popular no Brasil e no mundo. “Minha família toda é viciada em café,” conta ela, que assim como muitas pessoas, não consegue iniciar seu dia sem um café preto e forte.
No escritório onde trabalha, divide a paixão com a amiga Jaiane França do Amaral, 27 anos. Entre um gole e outro, lá se vão cinco xícaras. Sua preferência é o café passado e indo contra os dados, o consumo não a faz perder o sono, pelo contrário, diz que se sente mais relaxada e dorme melhor.
Mas isso tem uma explicação. Segundo o barista* Jean Balansin, 38 anos, o café tende a deixar as pessoas em alerta. Mas o consumo com os demais ingredientes, como leite, tira sua propriedade.
Ele é especialista em café expresso e além de comandar seu estabelecimento comercial, também dá cursos em outros locais de Lages e região sobre o assunto. Entre os cuidados na entrega do produto estão o aquecimento da água, das xícaras e até mesmo a vaporização do leite.
O expresso puro é o mais consumido entre seus clientes, logo pela manhã ou após o almoço, para despertar. Mas tem quem queira apreciar diferentes receitas e gostos de café, e se arriscam em um Ristretto, um café forte e duplo, ou um café gourmet.
A bebida é diversificada e pode atender a vários gostos, tem quem prefira o tradicional e outros que gostam de variar. No verão, por exemplo, segundo Jean, há grande saída de cafés gelados, como o cold brew, com água tônica.
“O barista pode quebrar o preconceito com o café expresso, já que podemos equilibrar ao gosto do cliente, para que ele não fique tão forte, por exemplo”.
*Barista é o profissional especializado em cafés de alta qualidade (cafés especiais). Também trabalha criando novas bebidas baseadas em café, utilizando-se de licores, cremes, bebidas alcoólicas, leite, entre outros.
A produção
Mesmo para os admiradores de café é difícil diferenciá-lo na hora da compra. São opções como extraforte, forte, tradicional e afins.
Segundo Ivori Madruga Filho, que trabalha na produtora de café local, Guidalli, a diferença está na variedade de grãos. Eles selecionam entre os mais adocicados, encorpados, amargos e deixam o pó no ponto que desejam.
Há diferença também na planta e local da produção. Hoje, segundo ele, Minas Gerais tem o maior e melhor plantio.
As mudanças no clima também influenciam na colheita, já que em alguns casos, durantes o passar dos meses, o grão que era considerado doce, torna-se mais amargo.
“Aqui a gestão é feita pelo proprietário, que escolhe pessoalmente as sacas de grãos,” comenta ele. Além dessa seleção, a torra diferencia a qualidade do produto. Já que não envolve processo químico e nem contato pessoal, o produto final não costuma causar prejuízos à saúde do consumidor.
Nada de café em excesso
Apesar dos benefícios dessa tradicional e amada bebida, a nutricionista Priscila de Souza Durce Rodrigues (CRN-10: 5197) alerta que a ingestão em excesso de café, pode sim, trazer complicações.
O recomendado, segundo ela, é a ingestão de até 500 miligramas de cafeína durante o dia, seja através do café ou qualquer outra bebida. O exagero pode ocasionar, em grande parte dos casos, dores de cabeça. Jeniffer, já sentiu esses sintomas, pois, para se manter alerta na dupla rotina de trabalho e faculdade, intensificou o consumo da bebida. “Já tive problemas no estômago e precisei diminuir o consumo, isso me deixou bem irritada, além de sentir dores de cabeça, quando não tomo café”.
Benefícios do café
Com a ingestão correta da bebida, pode-se ter vários resultados positivos à saúde. Hoje, estudos apontam que a cafeína atua no sistema nervoso em algumas áreas específicas do cérebro, facilitando a liberação de substâncias, como a dopamina. Relacionada tanto aos movimentos quanto à capacidade de memória, pode prevenir contra o alzheimer e o mal de parkinson.
Além disso, a cafeína pode evitar um AVC, aumentar a capacidade de concentração e atenção. “Mas o ideal é que seja ingerido o café mais natural possível, sem aditivos, como adoçantes,” recomenda Priscila. A dica serve tanto para café, como para os chás ou sucos. No consultório, a nutricionista sugere que o paciente doutrine o paladar aos poucos diminuindo gradativamente o consumo do açúcar, até ficar isento. “O importante é doutrinar o paladar para o menor quantidade de doce possível.”