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Vendedores ambulantes pressionam vereadores
Embora não haja mais tempo hábil para discutir as determinações do Secretário do Meio Ambiente, Euclides Mecabô, que dizem respeito ao trabalho dos ambulantes no Morro da Cruz, na próxima Sexta-Feira Santa, em Lages, um grupo foi até a Câmara de Vereadores, na sessão desta terça-feira (20) à noite. A intenção era deixar os parlamentares cientes de suas insatisfações.
De acordo com o presidente da Associação de Vendedores Ambulantes de Lages, Gersi Lima, o que foi imposto para a comercialização de produtos no feriado religioso não condiz com a realidade da classe. “São exigências absurdas. Não sei o porquê disso agora”, explica.
Lima considera impossível atender às exigências. Entre elas, ter a certidão negativa do município e ser 100% itinerante e volante. “Como vamos andar o tempo todo? Se uma caixa de refrigerante ou de água mineral pesa em torno de 50 quilos”, argumenta, ao destacar que há ambulantes idosos na associação.
Outra situação que ele considera uma afronta é a permissão de barracas fixas no morro. “Acaba com o sossego das pessoas. Lá não é feira livre, é um local para manifestação e ato religioso. Somos contra essa decisão também”. Neste ano, foi liberada a venda de crepes, churros, espetinho e cachorro quente, atitude também reprovada pela associação.
As novas normas, segundo Lima, impedem os lageanos de trabalhar no feriado religioso. “Estamos trabalhando em outras cidades, que nos receberam sem tantas exigências”, salienta Lima. O dirigente lembra que, de acordo com o artigo 7 da Lei Municipal Complementar nº 448, os envolvidos precisam ser consultados.
“A lei diz que as decisões devem ser tomadas em conjunto com as entidades representativas da classe, e isso não ocorreu, inviabilizando o nosso trabalho”, acrescenta. Lima disse que o próximo passo será formar uma comissão e procurar o prefeito Antonio Ceron. “Para não dizer, mais tarde, que não sabia da situação.”
Em função do horário, não conseguimos contato com o secretário de Meio Ambiente.