Varal Solidário oferece donativos para aquecer o inverno

Quem transita pela Rua Humberto de Campos, no Sagrado Coração de Jesus, em Lages, depara-se com algo inusitado em frente à igreja católica do bairro. Há roupas penduradas nas grades do portão da igreja. São doações que fazem parte de um projeto chamado Varal Solidário, uma iniciativa das catequistas do local.

A ideia foi apresentada pela catequista Iara Vieira para a coordenadora do Conselho Pastoral Comunitário (CPC) da igreja, Vera Maria Silva. “A gente viu pela televisão que projetos como esse acontecem em diversas cidades.

Então, pensamos em fazer aqui também, pois muitas pessoas precisam de roupas e calçados, especialmente, nessa época. A gente sabe que tem bastantes campanhas e que o lageano é bem solidário, mas decidimos fazer mesmo assim, porque, muitas vezes, recebemos roupas e alimentos para doar aqui pela igreja”, comenta Vera.

Com o slogan “Doe se puder, leve se precisar”, a campanha de doações começou na terça-feira (16), quando foram expostas as primeiras roupas para doação. Ao todo, antes do início da campanha, foram arrecadados 200 itens, entre peças de roupas e calçados. Até sexta-feira (19), pelo menos 150 já haviam sido doadas e, a todo momento, novos donativos chegavam.

Quem quiser colaborar, pode entregar os donativos na secretaria da igreja ou simplesmente pendurá-las no varal. Quem precisar das roupas, pode apenas escolher o tamanho que lhe sirva e levar, sem pedir para ninguém, tampouco fazer cadastros ou pagar algo.

“Acredito que todas as igrejas, independentemente do segmento religioso, têm de ser igrejas vivas e não uma igreja templo, só de pedra fria. Devemos colocar as pessoas em primeiro lugar, como Jesus fazia. Com essa campanha, nosso intuito é ajudar a amenizar um pouco o frio que algumas pessoas passam”, afirma a coordenadora.

As roupas ficam expostas 24 horas por dia e são recolhidas apenas em dias de chuva, para evitar que se estraguem. A campanha vai continuar enquanto houver frio e por todo o período que a igreja receber donativos. “A gente pede que quem puder doar, lembre que gaveta e cabide não têm frio, mas as pessoas têm”, completa Vera.