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Vacinação contra febre amarela é intensificada em Santa Catarina

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Apesar de a vacinação da febre amarela sempre estar acontecendo, a partir de quinta-feira (21), começará uma campanha de intensificação no Estado. A medida é para prevenir que o vírus atinja os catarinenses, já que foram confirmados alguns casos da doença no Paraná. Por enquanto, segundo a Regional de Saúde, ninguém contraiu o vírus em Lages, na Serra Catarinense e em Santa Catarina.

Mesmo assim, a enfermeira Anna Scoz reforça que quem não se vacinou precisa da imunização. Ela diz que a adesão à vacina é baixa. Mas não fala em números de doses já dadas, pois é preciso fazer um levantamento de todos os municípios da região.

“Essa baixa adesão não é só aqui, ocorre no Estado e no país.” Pode ser que durante a campanha de imunização, alguns municípios promovam um Dia D, mas isso fica a critério de cada prefeitura.

Além da vacinação, a prevenção pode ser feita também com a retirada de objetos que acumulem água, como pneus, latas, caixas, entre outros. Isso porque a transmissão urbana da febre amarela só é possível através da picada de mosquitos Aedes aegypti, que se criam na água e se proliferam dentro dos domicílios e suas adjacências. Outras medidas preventivas são o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o corpo.

Vírus

A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores. Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias.

A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela.

No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é, principalmente, o mosquito Haemagogus e do gênero Sabethes. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue), podendo o Aedes albopictus também transmitir os vírus.

A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano.

Macacos

Além do homem, a infecção pelo vírus também pode acometer outros vertebrados. Os macacos podem desenvolver a febre amarela silvestre de forma inaparente, mas ter a quantidade de vírus suficiente para infectar mosquitos.

O macaco não transmite a doença para os humanos, assim como uma pessoa não transmite a doença para outra. A transmissão se dá somente pelo mosquito. Os macacos ajudam a identificar as regiões onde estão acontecendo a circulação do vírus. Com estes dados, o governo distribui, estrategicamente, as vacinas no território nacional.

Fonte: Fundação Oswaldo Cruz

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