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União de instituições para garantir a segurança

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Composição do Conselho foi apresentado na quinta-feira em Florianópolis - Foto: Maurício Vieira/ Secom/ Divulgação

O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, apresentou o novo modelo de Secretaria de Segurança Pública na qual estipula rodízio anual de cargos à frente da pasta e integra quatro instituições.  Polícia Militar, Bombeiros, Instituto Geral de Perícias e Polícia Civil integram o Colegiado Superior de Segurança Pública de Santa Catarina.

Os nomes e períodos de gestão foram anunciados na manhã de quinta-feira (3), em Florianópolis. O conselho será composto pelo coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes Júnior (Polícia Militar), pelo delegado-geral Paulo Koerich (Polícia Civil), pelo coronel João Valério Borges (Corpo de Bombeiros), pelo diretor-geral Giovani Eduardo Adriano (Instituto Geral de Perícias) e pelo coronel Flávio Graff, que ocupará o posto de diretor-geral do conselho.

O cargo de secretário de Estado da Segurança será ocupado no primeiro ano por Araújo Gomes, seguindo um sistema de rodízio anual que contemplará a Polícia Civil em 2020, o Corpo de Bombeiros em 2021 e o Instituto Geral de Perícias em 2022.

Nomeado secretário durante a coletiva, Araújo Gomes informou que o principal objetivo da criação do colegiado é garantir maior integração entre as instituições, fortalecendo a área-fim, que impacta diretamente na vida dos cidadãos.

Modelo inspirado na Segunda Guerra Mundial

O novo modelo foi inspirado nas bases aliadas utilizadas na Segunda Guerra Mundial. Uma gestão inteligente com vários centros de comando para ações integradas.

A nova forma de gestão impacta em todo o Estado dando mais autonomia aos comandos em decisões e em ações locais. “As regionais determinarão as prioridades identificando junto às instituições a melhor maneira de agir em conjunto”, disse o Coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes Júnior.

Um dos mais empolgados com a inovação é o diretor interino do Instituto Geral de Perícia (IGP) de Lages,  o médico legista e neurologista, André Gargioni, que avaliou o novo modelo de gestão ao classificar a expectativa como favorável.

A instituição vai assumir o Colegiado Superior de Segurança Pública de Santa Catarina no último ano da gestão de Carlos Moisés. O modelo, apesar de novo, foi bem recebido. “É uma boa mentalidade. A analogia com o modelo usado na guerra é bastante saudável porque infelizmente a situação de Segurança Pública em Santa Catarina não é caótica, mas em algumas unidades da federação caminha para o caos”, explica ele.

Entende que a união das quatro instituições é fundamental. “O IGP está inserido nisso. Ser lembrado é um gesto de inteligência, pois nem sempre apenas provas testemunhais permitem a resolução dos crimes, principalmente, contra a vida. Aposto muito nesse modelo”, resume o médico.

Para o subcomandante do 5º Batalhão de Bombeiro Militar, em Lages, capitão Mateus Muniz Corradine, o novo modelo de gestão trará benefícios para todas as instituições, pois proporcionará, principalmente, autonomia, desburocratizando processos e proporcionando eficiência na gestão. “Também torcemos para que, ao longo do tempo, sejam criadas mais escolas de soldados,” argumenta.

Por não ter conhecimento dos detalhes da mudança do novo formato, a delegada Regional da Polícia Civil em Lages, Luciana Rodermel, não quis fazer qualquer avaliação, mas frisou que acredita que serão mudanças benéficas.

“Contribuiremos no que for possível para que bons resultados sejam alcançados. Estamos prontos para o trabalho e nos adaptaremos, visando sempre à segurança da sociedade catarinense”, afirma

Estratégias

O Colegiado vai garantir que as estratégias integradas assegurem a segurança do cidadão catarinense, melhorando os índices de criminalidade. Funcionará como uma espécie de conselho de administração da pasta, enquanto o diretor-geral Flávio Graff se ocupará da gestão rotineira da secretaria. Questões como alocação de recursos, investimentos, estratégias de combate à criminalidade e o acompanhamento de resultados serão feitos pelos integrantes do Colegiado.

Decreto para oficializar o órgão

O Colegiado avalizou o decreto que será expedido nos próximos dias e que determinará a criação oficial do órgão. Também foi debatido um projeto de interligação comunicativa de todas as instituições da segurança pública com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) por meio de rádio. Outro objetivo traçado é a integração total dos bancos de dados até o mês de março.

Uma nova Lei de Organização Básica da Polícia Militar também foi elaborada, permitindo uma reestruturação da circunscrição das unidades da corporação em âmbito local, regional e estadual, usando as comarcas estaduais como base. “Isso garantirá maior governança da Segurança Pública desde o chão de fábrica, onde tudo acontece”, disse Gomes.

Divulgação semanal dos índices de criminalidade

A divulgação dos principais índices de criminalidade – mortes violentas, roubos e furtos -, passará a ser semanal. O objetivo é facilitar o acessos ágil à informação da população e que os agentes públicos façam ajustes sempre que necessário.

Sobre a criação do Colegiado Superior, os integrantes do órgãos salientam que a decisão foi tomada ainda no âmbito da transição governamental, após as eleições, e contou com a anuência do governador Carlos Moisés, ele mesmo um coronel da reserva dos Bombeiros.

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