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Três secretarias terão de resolver problemas de alagamento no Conta Dinheiro
“Moro aqui há mais de 40 anos e nunca entrou água na minha casa. Depois que um grande empreendimento se instalou nas proximidades, a calamidade começou. Perdi móveis e utensílios, e qualquer chuvinha alaga o terreno”, disse o morador da rua Hermes da Fonseca, no Bairro Conta Dinheiro, Eleomar Correa Hanzen. Ele não é o único que passa por essa situação. O problema afeta aos menos 13 famílias, algumas, inclusive, colocaram suas casas à venda, já que, mesmo solicitando os serviços da prefeitura, não haviam sido atendidos. Pelo que foi apurado, a primeira impressão é que serão necessárias três frentes de trabalho para resolver o problema, e envolverá as Secretarias do Meio Ambiente, Semasa e Obras.
Os moradores desconfiam que a tubulação que passa na rua Mário Veira da Costa, perpendicular à Hermes da Fonseca, deve estar entupida e a água não dá vazão para o Carahá. O rio corta a cidade e fica há 800 metros das residências atingidas. “Foi mexido na galeria e colocados tubos menores e, agora, a água volta”, suspeita outro morador.
A agonia deles pode estar perto de terminar. O secretário de Serviços Públicos e Meio Ambiente, Euclides Mecabô, foi até o local a pedido dos moradores na quinta-feira (23) pela manhã. No mesmo dia, à tarde, funcionários da pasta fizeram a limpeza do rio. Até televisão foi encontrada em meio aos entulhos. Esse, segundo Mecabô, seria o primeiro passo para que se descubra o que está acontecendo e também para que uma retroescavadeira consiga chegar aonde desemboca o rio.
Dois representantes da Semasa também estiveram no local e prometeram fazer vistoria nas redes de esgoto para descobrir se há alguma infiltração. Mas, segundo os profissionais, o problema pode ser pluvial e a infraestrutura deve regularizar, acabando com os alagamentos.