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Suspeito de ter matado jovem é preso
Juliano Stefani, 35 anos, conhecido como Latino, foi preso na tarde desta segunda-feira. Ele é suspeito de ter matado Guilherme Muniz, 26 anos com um golpe de faca, depois de uma discussão, que ocorreu na madrugada de sábado, na Avenida Luís de Camões, em frente ao Vegas Bar Universitário. Natural de Campos Novos, ele reside no Bairro Vila Maria, em Lages, e responde por um processo de furto, ocorrido em Tijucas.
O advogado do suposto homicida, foi até a 1ª Delegacia de Polícia, na tarde desta segunda-feira, dizer que seu cliente está disponível para esclarecer o homicídio, mas, que vai permanecer em silêncio. O fato dele permanecer em silêncio, não faz com que ele seja culpado pelo crime, esclarece o delegado responsável pela investigação do homicídio, Márcio Schutz. “Há vários outros meios de prova, que a confissão de uma pessoa. Inclusive, em vários casos, uma pessoa se incrimina para salvar a outra, que poderia sofrer consequências piores”.
Foi instalado inquérito policial para a investigação do crime, onde será buscada a procedência das imagens que estão circulando em redes sociais, ouvidas testemunhas, encaminhar a faca para a perícia, e identificar mais pessoas que viram o crime. O delegado pede para que as pessoas que presenciaram o assassinato, procurem a delegacia para prestar depoimento.
A princípio, o motivo do crime seria porque Muniz estava na fila para comprar um lanche e um homem, que não teve a identidade revelada, teria furado a fila e ambos discutiram.
Depois de furar a fila, este homem teria saído do local e Juliano Stefani, conhecido como Latino, teria pego uma faca dentro de um veículo. Ele com mais outros homens foram até Muniz e Latino teria golpeado com uma facada no peito da vítima. O Correio Lageano teve acesso a faca, na delegacia, e ela tem uma soqueira e uma lâmina serrilhada, que está suja de sangue. Muniz chegou a ser levado para o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, mas chegou morto no local.
Próximos passos da investigação
Latino foi preso preventivamente e encaminhado para o Presídio Regional de Lages. O delegado explica que se for confirmado que ele matou Muniz, ele será enquadrado por homicídio qualificado, pois a morte foi por motivo fútil. Muitos se perguntam porque o possível homicida não foi preso, logo depois que a polícia o apontou como suspeito do crime. O delegado explica que é mito, a informação de que flagrante só é desqualificado depois de 24 horas. “O flagrante é quando a pessoa acaba de cometer o crime e está com instrumento do crime e não há prazo para ser enquadrado. O prazo de 24 horas é para comunicar o juiz da prisão. Mas, via de regra, a polícia não persegue um criminoso por mais de 24 horas”.
O delegado explica há tem casos em que o suspeito do crime se apresenta espontaneamente. Quando isso acontece, a pessoa não pode ser presa. “A não ser que se peça a prisão preventiva da pessoa. Diferente de quando foge depois do crime, porque aí mostra que a pessoa quer fugir das consequências”.
Schutz destaca que prisões preventivas servem para garantir que a pessoa cumpra a pena, e também para que não cometa mais crimes. “Os antecedentes criminais, conduta da pessoa e a gravidade do crime também interferem na análise da prisão preventiva”.
Mais sobre a vítima
Segundo informações do tio da vítima, Clenilson Muniz, 40 anos, ele teria evitado discutir com o suspeito do crime e com o suposto homem que teria começado a confusão. Guilherme faria aniversário no dia em que morreu e estava se formando em Administração. Ele trabalhava com o pai em um restaurante japonês e tinha o sonho de estudar Medicina. “Como ele perdeu um tio e avô para o câncer, ele queria salvar pessoas e faria Medicina. Era um rapaz educado, pedia benção para os mais velhos, era tranquilo e tinha muitos amigos”.
Ele conta que as informações que possui, são de que Muniz estava na fila com sua namorada e que o suposto homem furou a fila para comprar um lanche. “A namorada do cara jogou água no rosto da namorada do Guilherme, depois dele ter questionado sobre o motivo de furar a fila. Meu sobrinho não queria briga, já estava saindo do local quando foi atacado”.
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