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Somente uma empresa apresentou documentos no prazo para promover a Festa do Pinhão

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Somente uma empresa apresentou documentos no prazo Foto: Arquivo CL

O dia 18 de março é a data limite para que a Prefeitura de Lages se posicione sobre a documentação apresentada na quarta-feira (11), pela produtora Impacto Vento do Norte, de Porto Alegre (RS).

Se esta documentação corresponder às exigências do edital de concorrência pública, a Impacto será a empresa responsável pela realização da 32ª edição da Festa Nacional do Pinhão, que deve acontecer entre 5 e 14 de junho deste ano.

O certame para escolha da empresa vencedora iniciou em outubro do ano passado, com o lançamento do edital que previa a abertura dos envelopes das concorrentes para o dia 11 de novembro.

Porém, de acordo com o superintendente da Fundação Cultural de Lages, Gilberto Ronconi, após o lançamento, algumas empresas questionaram o edital e entraram com um pedido de revisão do mesmo.

“O edital foi refeito e foram retirados alguns itens. Na retirada dos itens, a gente perdeu um tempo, e foi lançado o nova edital para abertura dos envelopes no dia 23 de janeiro”, explica Ronconi.

A licitação aconteceu na data marcada e apenas duas empresas se apresentaram: a Gaby Produções, de Novo Hamburgo (RS), que foi a responsável pelas últimas edições do evento; e a Impacto Vento do Norte.

A licitação acontece em duas etapas: na primeira, as empresas concorrentes devem entregar um envelope lacrado contendo a documentação solicitada no edital. A segunda etapa corresponde à abertura de um segundo envelope, que contém a proposta financeira de cada concorrente. Porém, no certame de 23 de janeiro, foi identificado que faltavam documentos exigidos pelo edital, tanto da Gaby quanto da Impacto.

Além disso, segundo Ronconi, as duas empresas contestaram a documentação apresentada pela sua concorrente. Esta contestação não foi acatada pela prefeitura e ambas tiveram até ontem para entregar a documentação solicitada. Como a Gaby não enviou representantes, automaticamente, ficou de fora da concorrência.

Os documentos apresentados pela Impacto serão analisados pelos setores de Licitações e Jurídico da Prefeitura de Lages, que têm cinco dias úteis (até 18 de março) para dar um parecer.

“A Gaby Produções achou por bem não participar mais, pelas razões dela. E a Impacto veio com uma nova documentação que está sendo analisada neste momento. Sendo habilitada a empresa, logo após nós abrimos o envelope da proposta dela, que está nas nossas mãos desde o dia 23 de janeiro”, explica Ronconi.

 

Festa vai acontecer, mesmo que em outros moldes

Faltando menos de três meses para a realização da Festa do Pinhão, o impasse na licitação que definirá a empresa promotora tem feito surgir boatos sobre um possível cancelamento do evento. Ronconi ressalta que a festa acontecerá independentemente de ter uma empresa vencedora ou não, pois a prefeitura e a Fundação Cultural estão dando andamento à parte que compete ao poder público (escolha de rainha e princesas, seletiva para Sapecada da Canção Nativa e organização do Recanto do Pinhão).

Segundo ele, caso não haja uma vencedora da licitação, a festa poderá ganhar outro formato e ser realizada em menor proporção. “O que não vai acontecer é uma contratação emergencial como estavam falando, que vamos sair correndo atrás de uma empresa para fazer. Isso não. Mesmo porque, não temos tempo nem dotação orçamentária. É uma coisa que se corre riscos muito grandes e não vale a pena”, afirma.

Caso a festa seja reduzida e não aconteça nos moldes que todos conhecem, isso pode gerar impactos para a economia de Lages e região. O diretor executivo da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Lages, Jhonathan Roberto da Silva, explica que a entidade não imagina a possibilidade de a Festa do Pinhão não acontecer, pois além de prejuízos econômicos, acarretaria em impactos negativos na imagem do evento e da cidade.

“Enquanto instituição, a gente não vê a possibilidade de não haver a festa. E, em último dos últimos casos, não dando certo a questão da empresa privada, esperamos que a própria prefeitura realize. Não ter festa é um prejuízo incalculável.”

A secretária-executiva do Conselho de Turismo da Serra Catarinense (Conserra), Ana Vieira, também não acredita na possibilidade de cancelamento do evento. “A Festa do Pinhão já faz parte do calendário estadual e nacional. Então, a prefeitura, dentro do possível, vai achar uma alternativa, uma solução, porque é o maior evento turístico da Serra Catarinense e é um dos maiores eventos do Estado. Ela lota a hotelaria e a hospedagem alternativa não apenas no município, mas também no entorno dele. Eu acho que a prefeitura vai fazer o ajuste necessário e a festa vai acontecer de qualquer forma”, completa.

 

FOTO: Festa do Pinhão, Arquivo CL

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