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Sesc exibe o documentário “Tropicália”
O documentário ‘Tropicália’, lançado em 2012, será exibido no Centro Cultural Vidal Ramos, em Lages, nesta terça-feira, a partir das 20h. O filme retrata esse, que foi um dos maiores movimentos artísticos do Brasil, numa época em que a liberdade de expressão perdia força. Na época, o país vivia a ditadura do Regime Militar.
Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Arnaldo Baptista, Rita Lee, Tom Zé, entre outros, no final dos anos 1960, misturaram desde velhas tradições populares a muitas das novidades artísticas ocorridas pelo mundo e criaram o Tropicalismo, abalando as estruturas da sociedade brasileira e influenciando a várias gerações.
Com depoimentos reveladores, raras imagens de arquivo e embalado pelas mais belas canções do período, “Tropicália” nos dá um panorama definitivo de um dos mais fascinantes movimentos culturais do Brasil.
O documentário resgata uma fase na história do Brasil em que cena musical fervilhava e os festivais revelavam vários novos talentos. Ao mesmo tempo, o Brasil sofria com a ditadura dos generais no poder, o que fez com que Caetano e Gil fossem exilados do país.
Assim como boa parte dos documentários musicais, o filme aposta firme nos depoimentos das pessoas envolvidas com a Tropicália. A direção do filme é de Marcelo Machado e tem duração de 87 min.
A obra é um retrato do período e da cultura brasileira. Feito quase que inteiramente com imagens de arquivo dos anos de 1967, 1968 e 1969, o documentário traz material fotográfico, sequências de filmes e programas de TV especialmente recuperados e embalados pela música de Caetano Veloso, Gilberto Gil, Os Mutantes e Tom Zé.
O filme explica as influências além da música, os conceitos teóricos e o nome do movimento, os artistas que faziam parte do grupo e aqueles que o apoiavam. Marcelo Machado mostra tudo isso usando as imagens da época. Segundo a crítica de Francisco Russo, para o site Adoro Cinema, além da narrativa ágil, Tropicália conta com algumas pérolas da música brasileira.
Entre elas a célebre apresentação de Gilberto Gil com os Mutantes ao cantar “Domingo no Parque”, exibida também no documentário Uma Noite em 67, e cenas de Caetano no III Festival Internacional da Canção, onde é vaiado ao cantar “É Proibido Proibir”. As dezenas de fotos e imagens de arquivo revelam também um minucioso trabalho de pesquisa, crucial para a compreensão não apenas do movimento mas da própria época retratada.