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Santa Catarina registra segunda morte em humanos por febre amarela

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Foto: Dóia Cercal/Secom

Santa Catarina registrou a segunda morte em humanos por febre amarela. O paciente era um homem, de 40 anos, residente em Itaiópolis, no Planalto Norte. Ele não tinha registro de vacina no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) e morreu no dia 29 de junho de 2019. Os resultados da investigação epidemiológica, aliados à confirmação laboratorial da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Paraná, referência para Santa Catarina, atestam, portanto, o segundo caso autóctone com óbito registrado no estado.

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), vinculada à Superintendência de Vigilância em Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde, informa que, como se tratava de suspeita de febre amarela, foi realizada uma investigação conjunta entre a Gerência Regional de Saúde de Mafra e a Secretaria Municipal de Saúde de Itainópolis, utilizando o Protocolo de Investigação de Óbitos Febre Amarela do Ministério da Saúde (MS). Os exames foram encaminhados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) de Santa Catarina.

Para evitar novos casos, foi realizado um mutirão de vacinação contra a febre amarela em um raio de dois quilômetros da residência do paciente, totalizando 492 doses. Depois da confirmação da morte, a procura por vacinas também aumentou nas unidades de saúde.

O primeiro óbito confirmado em humanos por febre amarela foi em um paciente de 36 anos não vacinado, residente em Joinville, no dia 12 de março. Antes disso, Santa Catarina não registrava casos de febre amarela em humanos desde 1966.

Santa Catarina se tornou Área com Recomendação de Vacinação contra a febre amarela (ACRV) no segundo semestre de 2018. Desde então, as campanhas para vacinação contra a doença foram intensificadas em Santa Catarina com o objetivo de atingir a cobertura vacinal de 95% dentro do público-alvo. Até agora, o estado atingiu 74,15% da cobertura vacinação. O índice atualmente do município de Itaiópolis é de 88,40%.

Segundo Maria Teresa Agostini, diretora da DIVE/SC, para ficarmos seguros contra a doença é preciso alcançarmos a meta de vacinação: “A gente reforça a necessidade da população procurar as unidades de saúde para fazer a vacina e, em caso de sintomas da doença, procurar atendimento imediato para aplicação do protocolo de manejo clínico e classificação de risco frente a um caso suspeito de febre amarela”.

A febre amarela é uma doença grave, transmitida por mosquitos em áreas de matas e urbana. A única forma de se proteger é por meio da vacinação. Todos os moradores de Santa Catarina, com mais de nove meses de idade e que ainda não foram vacinados, devem procurar uma unidade de saúde para se imunizar contra a doença. Uma única dose é suficiente para proteger por toda a vida. As doses estão disponíveis em 1.104 salas de vacinação de todos os 295 municípios catarinenses.

Morte de macacos

No começo de abril, a Dive/SC confirmou a primeira morte de macaco por febre amarela no estado. O macaco (bugio) foi encontrado morto no dia 20 de março em uma área de mata no município de Garuva, no Norte do estado. Já o registro do segundo macaco morto pela doença aconteceu em junho, em Pirabeiraba, em Joinville. E o terceiro foi no município de Indaial, no Vale do Itajaí, o macaco era da espécie bugio e morreu no dia 31 de maio. “Importante ressaltar que a morte de macacos indica que o vírus da febre amarela está circulando pelo estado de Santa Catarina. Os macacos, assim como os humanos, são picados pelo mosquito que transmite a doença e adoecem”, explica a bióloga Renata Gatti.

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