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Santa Catarina completa 11 anos como área livre da febre aftosa
Santa Catarina comemora 11 anos como área livre de Febre Aftosa sem vacinação. Este status sanitário resultou em grandes vantagens econômicas para o estado e, principalmente, para os produtores rurais. O reconhecimento veio da Organização Mundial de Saúde Animal. Com ele, SC conquistou mercados exigentes do mundo para a carne bovina.
Dados da Cidasc mostram que, em 2018, SC já exportou 1,6 mil toneladas de carne bovina. O volume é três vezes maior do registrado no mesmo período de 2017. Só no mês de maio, foram embarcadas 420,4 toneladas, que resultaram no faturamento de US$ 1,3 milhão.
O presidente do Sindicato Rural de Lages, Márcio Pamplona afirma que o status sanitário traz várias vantagens para os produtores. Na questão econômica, segundo ele, o valor da carne bovina produzida no estado é de 15% a 20% maior em comparação a de outros estados. “Nossa pecuária tem uma situação diferenciada”, diz.
A venda de animais vivos para o exterior também está aquecida. Pamplona revela que, apenas neste ano, os produtores já embarcaram aproximadamente 4,5 mil terneiros e outros cerca de 8 mil devem ser vendidos até o mês de dezembro. O destino é a Turquia.
Menos tempo e dinheiro gasto na produção
O pecuarista Epaminondas de Assis Pereira Garcia, que possui fazenda em Ponte Alta do Norte e em São José do Cerrito, na Serra, avalia que o status sanitário diferenciado resultou em várias vantagens para os produtores.
Para ele, além da carne ganhar em competitividade no mercado, o custo de produção diminuiu, porque o produtor não está gastando com vacina. “Também ganhamos tempo, pois não precisamos manusear o gado para a vacinação como ocorria antes”.
Santa Catarina tem levado a sério a questão da sanidade animal. Tanto que proíbe a entrada das bovinos provenientes de outros estados. Para Pamplona, esta medida também ajuda a valorizar o rebanho catarinense.
Outro aspecto que contribuiu é o Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG). Criado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Santa Catarina (Senar), o programa visa proporcionar aumento da produção nas propriedades rurais do estado.
Rebanho
Levantamento da Cidasc aponta que o rebanho bovino catarinense é de cerca de 4,3 milhões de cabeças, com predominância das raças de corte. Deste total, 50% é de gado de corte, 35,5% de leite e 14,5% de gado misto. A Serra Catarinense é o principal produtor do estado. Possui cerca de 450 mil unidades.