Queda de energia vira problema constante

Queda de energia e queima de aparelhos eletrônicos já viraram rotina para os moradores das ruas Gonçalves Antunes e Fermino Constantino, e, parte da Avenida Edézio Caon, no Bairro Jardim Panorâmico em Lages. Eles relatam que faz aproximadamente quatro anos que têm prejuízo com isso e nada é resolvido de forma definitiva pela Celesc. A última queda de luz aconteceu na quarta-feira (26), por volta das 14h30.

A moradora Franciele Ribeiro, 25 anos, lamenta a demora de atendimento da Central. “Nossa geladeira queimou e mandaram a gente esperar eles por um dia, que eles verificariam se a responsabilidade do conserto era deles. A gente não pode esperar e ficar sem geladeira”.

A comerciante Lúcia Ribeiro, 56, conta que quando vê as faíscas nos fios elétricos da rua e o barulho dos estouros nos transformadores, corre dentro da sua mercearia para tirar tudo da tomada. “Só que não posso fechar aqui e ir correndo fazer o mesmo lá em casa. Sempre temos prejuízo. Aqui, já queimou um freezer; dessa vez, a balança”, lamenta.

O susto foi grande na última ocorrência de queda de energia, na quarta, para a moradora Nair Padilha. Ela chegou de viagem com o esposo e encontrou fios elétricos caídos em frente à sua casa. “Quando entrei, vi que a televisão, recém comprada, queimou”. Ela mora na Rua Gonçalves Antunes e conta que, bem em frente a sua casa, saem fortes faíscas dos fios quando a falta energia elétrica.

Nair mora há cerca de 20 anos no mesmo local e conta que as quedas de energia foram aumentando, conforme a quantidade de moradores nas redondezas cresceu. “Dá medo de deixar a casa sozinha, já pensou se queima tudo? Eu não tenho seguro!”.

Moradora da Rua Fermino Constantino, outra rua que possui picos de luz constantes, Lúcia Bernardete de Lima, diz que sua geladeira e modem de internet queimaram. “Para não ficar sem geladeira, peguei uma que ficava no sítio, pois a outra ainda está no conserto, devido a outra queda de energia”.

Caso antigo

O CL já noticiou sobre as quedas de energias no local, em uma matéria divulgada no dia 10 de junho. O que comprova que os moradores dizem sobre a constante queda de energia no bairro. Na época, a Celesc esclareceu que o problema tinha sido provocado por um curto-circuito na rede de baixa tensão.

Em entrevista ao CL, o gerente regional, Gladimir Jeremias, diz que a equipe foi em campo e verificou que o problema no local não é sobrecarga de energia. “Nesse último caso, foi um cabo que arrebentou e isso não tem relação com as quedas de energia anteriores. Faremos um projeto de melhoria, vamos dividir o circuito para não acontecer novas quedas”, garante.