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Prédio do Industrial passará por perícia

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Direção do Colégio Industrial afirma que há quatro banheiros interditados no prédio da unidade - Fotos: Adecir Morais

O prédio do Colégio Industrial e Cedup Industrial (ambos funcionam na mesma estrutura física), no Bairro Vila Nova, em Lages, passará por perícia para verificar a situação da estrutura do estabelecimento de ensino. O procedimento faz parte de um inquérito civil do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), instaurado pela Promotoria da Moralidade Administrativa de Lages, para apurar supostas irregularidades em obras de reforma da unidade.

A investigação foi aberta no mês de março deste ano, e a perícia já era para ter sido realizada. De acordo com o promotor de Justiça responsável pelo caso, Jean Pierre Campos, o procedimento acabou atrasando porque o Governo do Estado, responsável pelos colégios, demorou a entregar à Promotoria a documentação da obra. Por sua vez, a empresa que executou as obras já entregou os documentos solicitados.

Conforme o promotor, quando o inquérito foi instaurado, a promotoria solicitou ao Governo do Estado a documentação da obra, mas houve um impasse em relação a quem forneceria a papelada, uma vez que a solicitação foi feita justamente na época em que a Agência Regional de Desenvolvimento (ADR) de Lages foi extinta. Então, a entrega atrasou, e toda documentação foi entregue só no mês de julho pela Secretaria de Estado da Educação. 

O promotor explicou que a perícia será feita por técnicos do MPSC. Ele acredita que o procedimento deva ser realizado até o mês de novembro. E detalhou que apenas a perícia é que vai determinar se houve algum tipo de descumprimento do contrato, ou se a obra não foi realizada dentro da norma técnica.

A reforma foi executada pela empresa Terra Engenharia e custou R$ 7,9 milhões, com investimentos do Governo do Estado. Além disso, por conta de adaptações de projeto, teve um aditivo, cujo valor não foi informado. A obra, que durou cerca de três anos e meio, foi entregue à comunidade em fevereiro de 2018.

O inquérito foi instaurado após denúncia feita pelos diretores das unidades de ensino, Armando Duarte e Silvana de Almeida, e pela Associação de Pais e Professores (APP). Conforme o promotor, oito testemunhas já foram chamadas para prestar prestar esclarecimentos.

Promotor de Justiça, Jean Pierre Campos, é o responsável pelas investigações

Diretor denuncia as falhas na obra

Armando declarou que o prédio apresenta vários problemas e a situação está se agravando a cada dia. Há problemas na pintura, na iluminação, na rede de esgoto, infiltrações e mofo em paredes e goteiras, por exemplo. Além disso, quatro banheiros estão interditados e não podem ser usados pelos estudantes.

Empresa diz que contrato foi cumprido

Em reportagem divulgada em abril deste ano pelo CL, o engenheiro civil e sócio da Terra Engenharia, Leonardo Milioli Tutida, disse que todos os serviços contratados foram realizados. “Somos uma empresa conhecida na cidade pela qualidade das obras e estamos com a consciência limpa”, disse.

Ele explicou que a reforma foi feita em etapas, e toda a execução foi acompanhada pela direção das unidades e pela fiscalização de um profissional da extinta ADR. Para o engenheiro, os defeitos relatados são o resultado da falta de manutenção e do mau uso das instalações da unidade.

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