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Por muito tempo, Sandro dominou três esportes e virou referência da área

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Foto: Divulgação

Nascido em Lages, Sandro Miguel Gonçalves descobriu sua vocação para o esporte em 2010, nas corridas do Sesc, pois seu pai, Marcos Gonçalves, é adepto desses tipos de provas. E até deixar o esporte, há 11 anos, colecionou mais de 2 mil títulos. Decepcionado pela falta de apoio ao esporte (por parte do poder público), deixou a cidade em 2008 e, hoje, trabalha com musculação em Morro da Fumaça, a 20 km de Criciúma, onde é proprietário da Academia Corpore, inaugurada em 2011. Quem lembra dele? Ele representou Lages nos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) por muito tempo e, não contente em vencer os adversários nas ruas, também assombrou nas piscinas e nas eficientes pedaladas, habilidades que o levaram a ser conhecido no país e a disputar provas fora do Brasil. 

Apesar de ter se tornado um super-atleta, ele, assim como qualquer atleta amador, passou por dificuldades, sobretudo porque atletas amadores têm necessidade de encaixar a rotina de treinos nas curtas horas do dia a dia, ao mesmo tempo que cumprem outros compromissos, como o trabalho, a casa, os filhos, os animais de estimação, etc.

Aos 46 anos, Sandro, que é ex-aluno da Uniplac, onde cursou faculdade de Educação Física, está casado com a lageana Jeani Aparecida Moreira, com quem tem o filho Emanuel, de um ano e meio. O atleta não conseguiu ficar muito tempo longe dos esporte e,  às vezes, rende-se, a exemplo do ano passado, quando correu duas meias-maratonas.

Como administrar a academia toma muito do seu tempo, Sandro, esporadicamente, dá uma fugidinha do trabalho. Porém, não se esquece do que aprendeu nos anos de dedicação ao esporte, aplicando os ensinamentos na vida profissional. “Das minhas várias competições, trouxe exemplos de atletas que conheci. Aprendi a ser dedicado, persistente e humilde e dar valor às pessoas de bem”, comenta ao lembrar que deixou de praticar esporte assiduamente por falta de apoio.

“Treinava e nunca sabia se iria ter condições de participar de provas futuras. Se participei, foi também graças a meu pai, que esteve sempre à frente, buscando condições/parceiros para que eu corresse em provas em outros estados”, assegura.

Seu ídolo é o medalhista olímpico, o fundista Joaquim Cruz de Taguatinga/Distrito Federal. “Por sua humildade e batalha para conquistar uma medalha olímpica para o Brasil e seus ensinamentos e caráter como homem e atleta”, justifica.

O lageano conta que tem saudade das amizades que fazia e daquele friozinho que sempre dava minutos antes da largada em qualquer prova, fosse ela fácil ou difícil. 

Arrependimento? Apenas de não ter entrado para a faculdade mais cedo, pois acredita que o teria ajudado a entender aspectos fisiológicos que contribuiriam para a prática do esporte.

Quando está à toa, geralmente aos finais de semana, faz 100 quilômetros de bike. Um dos seus planos para o futuro é correr uma meia maratona, 21 quilômetros, em menos de 1h15 e os preparos já começaram no início deste ano, depois de 11 anos e seis meses  parado. Ele baixou o tempo pessoal de 1h24 para 1h18 aos 46 anos.

Títulos

11 medalhas em Jasc por Lages nas provas de atletismo, nos 1.500 metros; 3 mil metros com obstáculos; 5 mil metros; e 10 mil metros. Segundo colocado nos 5 mil metros dos jogos Brasileiros em São Paulo. Campeão Brasileiro da Subida das escadas do prédio da sede do Banespa em São Paulo. Bicampeão Brasileiro de Duatlhon Terrestre e campeão  Mundial na cidade de Gell na Bélgica.

Ano passado: campeão da rústica de aniversário do Balneário Rincão e segundo colocado geral da corrida de aniversário de Laguna. 

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