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Lições do esporte são aplicadas em sala de aula

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Michelle dá aula para a educação infantil - Foto: Bega Godóy

Michelle Morais começou a treinar handebol aos 10 anos, sua primeira competição como atleta foi nos Jogos Escolares em Lages. De atleta passou a ser treinadora e atualmente é professora da educação infantil do município. Como atleta foi bolsista do Colégio Santa Rosa e representou Lages em inúmeras competições de âmbito estadual, como Joguinhos e Jogos Abertos de Santa Catarina.

Em 2007, quando era servidora pública foi redirecionada para o projeto Bate Bola na Escola. Um projeto que passava pelas escolas periféricas da cidade. Atendia crianças carentes no Colégio Industrial, Godofin Nunes de Souza, Zulmira Alta da Silva, Belizária Rodrigues, Caic Irmã Dulce, entre outros. Na sequência, foi convidada para treinar os alunos que eram destaque nos polos para montar as equipes que iriam representar o município nas competições geridas pela Fesporte.

O Projeto Bate Bola na Escola foi muito importante para ela, acrescentando uma experiência única. “Fazer parte do projeto me possibilitou fazer o bem para muitas crianças, na época o projeto alcançou mais de 2.500, só no handebol eram 600 e sob minha supervisão eram cerca de 150 alunos-atletas”, explica.

Por conta de tanta dedicação, Michelle colecionou muitas histórias, principalmente na época que era treinadora. Uma delas foi sobre o fusquinha 1969, usado para transportar os alunos para os torneios e treinos.

Uma situação da qual ela não se orgulha, mas que rende muita risada. “Uma vez colocamos oito crianças dentro do fusca. Um time completo e com duas reservas. O fusca falhou e as crianças tiveram que empurrar”, conta ela.

Ainda bem que a falha do carro não  foi “registrada” por nenhum agente de trânsito, porque ela fazia um percurso que evitasse esses encontros. “A criançada não tinha condições de pegar uma condução”, justifica a professora, que também teve o destino de “arrumar” um marido durante as competições. Ela é casada há 20 anos com o judoca e empresário Gustavo Theiss.

Foto: Arquivo Pessoal

Ápice da carreira

Outro ponto alto da sua carreira como treinadora foi a vinda da seleção catarinense de handebol  sub 16. A equipe veio treinar em Lages para observar quatro das suas atletas. Michelle se orgulha muito de ser professora.

“O esporte é importante para mim, mas sou realizada com o que me tornei”, afirma”. Sua vida profissional está baseada na missão de  ajudar a transformar as pessoas e o melhor momento, segundo ela, para se fazer isso é na educação infantil. “Ali de fato se pode mudar, colocar no caminho do bem, dar um norte e apresentar bons hábitos”, argumenta

É notório observar, na sala de aula, que Michelle transforma as crianças com a sua alegria , positividade e disciplina. Michelle tem convicção que, ao ensinar as crianças, elas chegam a influenciar os próprios pais com hábitos mais saudáveis e responsáveis.

Exemplo 

O esposo vislumbra essa dedicação todos os dias e comenta cheio do orgulho: “A Michelle transformou a vida de muitas meninas, apresentou uma possibilidade de vida muito distante da realidade do ambiente onde viviam, contribuiu muito para tirar as meninas de uma gravidez precoce e até mesmo das drogas”. garante Gustavo Theiss.

Michelle lembra com muito carinho de seus mestres influenciadores mestres. “Não posso esquecer jamais das pessoas que foram referência para mim no esporte, Sirlei Savares Dias e Cleres Dias. A primeira foi minha professora de educação física no Colégio Santa Rosa , depois treinadora e por fim foi minha coordenadora de trabalho.

“Aprendi a ganhar e perder, lidar com as frustrações. Só o esporte para te condicionar a isso,  transformar obstáculos em determinação para dar a volta por cima”.

O próximo personagem a contar sua história será o ex-atleta de futsal, Tio Rica 

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