Polícia identifica dupla que praticava crimes pela internet

O risco de ter o cartão clonado na internet é maior do que se imagina. A fraude exige menos tecnologia, já que não é preciso copiar o cartão físico. Basta obter as informações básicas para cloná-lo. Foi o que o suspeito de 21 anos, morador de Lages, e seu comparsa residente em outro Estado, fizeram. Os dois foram presos na manhã de sexta-feira (8).

O delegado da  2ª Delegacia de Polícia de Lages, Jackson Guasselli Pessoa, explica que é bastante comum a clonagem de cartão de crédito, mas o que impressionou o policial foi a ousadia da dupla e a estratégia utilizada.

“Normalmente, os hackers compram produtos não físicos. Costumam comprar passagens aéreas e outros serviços, mas a dupla comprava produtos físicos e os recebia em casa, via Correio, uma estratégia não muito usual.”

O suspeito, morador do Bairro Guarujá, agia em conjunto com o hacker, que era quem clonava os dados e realizava as compras online. O lageano recebia os produtos em sua casa e depois os remetia para esse mesmo indivíduo, ganhando uma espécie de percentual do valor do bem. Toda essa sistemática de enviar para um endereço e depois para o outro, tinha como finalidade dificultar o rastreamento dos produtos e do destinatário final.

A investigação começou quando uma vítima de Rio do Sul teve sua conta de e-mail “hackeada” e seus dados de cartão de crédito clonados. Com os dados do cartão em mãos, o “hacker” efetuou diversas compras, todas online, e o endereço de entrega era em Lages. A vítima conseguiu cancelar algumas compras. Os criminosos tentaram comprar smartphones, roupas, produtos do de beleza, entre outros.

O delegado não conseguiu detalhar a quantia que a dupla gastou e nem os produtos adquiridos, mas as investigações seguem e, conforme o delegado, a princípio, não há vítimas em Lages. Jackson informou que o inquérito, tão logo concluído, será remetido ao Poder Judiciário.