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Polese analisa sua gestão para os próximos 30 dias

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Juliano Polese avalia como será prefeito por um mês - Foto: Susana Küster

O vice-prefeito Juliano Polese assumiu por 30 dias a Prefeitura de Lages, pois desde segunda-feira (6) até o dia 4 de fevereiro de 2020, o prefeito Antonio Ceron está de férias. Nesta entrevista exclusiva, concedida ao Correio Lageano, ele fala sobre como é estar no cargo, seus planos e ambições para o ano eleitoral.

Polese frisa a importância de ser vice-prefeito e de seu relacionamento estreito com Ceron. Além disso, acredita em um modelo diferente de administração municipal, no qual o mandato seria de cinco anos, sem direito a reeleição.

Correio Lageano: Qual o papel do vice-prefeito quando está no cargo de prefeito?

Juliano Polese: Executar algumas ações pontuais que o prefeito determina, como o pedido de prorrogação da execução das obras da Ponte Grande por mais um ano, que conseguimos junto com a liberação de novos recursos, totalizando R$ 8 milhões. Dessa forma, vamos concluir a etapa principal que é o saneamento e até o mês de abril deixamos licitado a parte de urbanização (pavimentação). Faltava somente uma casa para desapropriar e concluir a etapa 2 e conseguimos fazer isso. A etapa 3 é concluir até junho, o saneamento da Avenida Presidente Vargas até a BR-282. E tem a etapa 4, que é a urbanização da BR-282 até Avenida 31 de Março. Porém, não vamos mais fazer isso para ficar dentro do orçamento, a avenida será deslocada para a Rua Ouro Preto, mas o saneamento será feito.

O que pode ser feito em 30 dias como prefeito?

Temos uma gestão compartilhada com o prefeito Ceron, então vamos dar continuidade a algumas ações em andamento e começar outras. Vamos pavimentar três ruas e dar ordens de serviço para cinco ruas. Esse mês é um pouco difícil, porque muitas empresas estão em férias coletivas. Vamos também fazer comemoração dos 20 anos da conquista do título da segunda divisão do Inter de Lages, no dia 18 de janeiro. 

O senhor acredita que o vice-prefeito poderia assumir uma secretaria?

Acredito que a função de vice-prefeito é importante para a ausência do prefeito e também para dar continuidade às ações. Estou desde 2006 na área política, já fui vereador e diretor da área da saúde e esses cargos me deram um grau de conhecimento grande, então procuro sempre auxiliar o prefeito.

Como é a relação entre o senhor e o Ceron?

Sou bastante participativo em todas as decisões, eventualmente podemos não concordar 100%, mas, na grande maioria das vezes, entramos em consenso, o que considero bom para nós e na gestão, que é bem atuante.

O senhor pensa em ser candidato nas próximas eleições?

Temos o compromisso de mandato até 31 dezembro deste ano, e quando o prefeito Ceron voltar de férias vamos falar sobre essas questões políticas. Temos uma parceria com o PSD e se o Ceron for candidato a reeleição, naturalmente estaremos com ele. Caso ele não seja candidato, vamos rever nossa posição.

O PP está no poder há mais de 15 anos em Lages, o que o senhor analisa sobre isso?

Isso é um fruto do reconhecimento das pessoas pelo trabalho que cada um desempenha. Por isso, a cada quatro anos, temos um momento de reavaliação da gestão. Nosso plano de governo está praticamente 100% feito e sem sombra de dúvidas vamos cumprir totalmente. E, claro, nesse período fizemos outras ações que não estavam previstas, pois a cidade está sempre se modificando. Ninguém sabia que viria o Fort, uma segunda unidade da Havan e a Berneck, isso sempre tem um impacto. O calçadão da Praça João Costa, o Mercado Público e a UPA são obras que iniciaram em uma gestão e estão sendo concluídas agora.

Como o senhor analisa este atual sistema de governo?

A melhor fase de uma gestão no atual modelo é o terceiro ano. No primeiro ano é o tempo de estruturar a equipe e ajeitar a casa; no segundo ano, preparam-se os projetos e os recursos e no terceiro ano é a época de colher os frutos. Isso se for uma gestão bem planejada. Muita gente fala que agora estamos fazendo algo, mas isso não procede. No segundo ano, para complicar, têm eleição estadual e federal, e, no quarto, praticamente são quatro meses de trabalho, porque nos outros temos vários impedimentos por conta de ser um ano eleitoral. Temos de evoluir nessa questão política, deveriam ser mandatos de cinco anos e sem reeleição.

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