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Pinhão vira fonte de renda à beira das rodovias
Quando a colheita é liberada e o frio começa a aparecer, logo surgem, nas margens das rodovias, os vendedores de pinhão. Nas estradas que cortam a Serra Catarinense, especialmente a BR-282, diversos vendedores estão aproveitando a safra para faturar com a comercialização da semente. A prática já é tradição na região.
O vendedor Claudiomar Vanin de Moraes, que tem um ponto de venda em frente à Agência Regional de Desenvolvimento (ADR), na BR-282, trabalha 12 horas por dia. A tarefa é difícil, mas compensa financeiramente. “Sempre trabalhei com a venda de pinhão. Isso aqui é minha principal fonte de renda”, comenta o lageano.
Ele comercializa pinha e pinhão debulhado. Um saco da semente, com 3 a 5 quilos, custa entre R$ 20,00 e R$ 30,00, respectivamente. Para aumentar o faturamento, ele também aproveita para vender mel. “Mais de 90% dos meus clientes são do litoral de Santa Catarina”, revela.
O pinhoeiro ressalta que a maior procura ocorre quando caem as temperaturas e durante a Festa Nacional do Pinhão, que neste ano, acontece entre o final de maio e começo de junho. Durante a festa, chega a preparar pinhão cozido como atrativo para atender a clientela.
Fiscalização
Claudiomar, aliás, foi pivô de uma polêmica esta semana. Fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente o procuraram e, com base na Lei dos Vendedores Ambulantes, disseram que ele deveria ter autorização do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para poder vender seus produtos.
Na sexta-feira (6), no entanto, o secretário da pasta, Euclides Macabô, Tcha Tcha disse que, neste primeiro momento, vai centralizar a fiscalização contra caminhões, que ocupam pontos estratégicos da cidade para vender produtos, como batatas e abacaxi, e para coibir a ação de vendedores de roupas e calçados, por exemplo, que costuma atuar no Centro da cidade. A fiscalização da venda de pinhão, por ora, ficará para uma segunda etapa.