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Parque Natural serviu de laboratório para médicos veterinários e biólogos

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Foto: Dive SC/ Divulgação

O Parque Natural João José Theodoro da Costa Neto, em Lages, serviu, recentemente, como laboratório para 29 profissionais entre eles, 19 biólogos. O encontro teve como proposta treinar os profissionais para ações de investigação em campo.

As investigações reais de febre amarela envolvem a busca por macacos doentes ou mortos, a realização de coleta e necropsia que necessariamente devem ocorrer no local sem deslocamento destes animais, assim como a busca por vetores transmissores da doença.

“Neste sentido, o Parque Natural foi ideal, pois precisávamos de um local com mata relativamente preservada  para que pudéssemos realizar todas essas atividades e que pudesse ser disponibilizado exclusivamente para a equipe”, informou a assessoria da Dive.

Esses profissionais estão à disposição de eventual necessidade da Vigilância Epidemiológica. Eles integrarão a equipe que estará apta a coletar amostras de vísceras em Primatas Não Humanos (PNH) em tempo oportuno para diagnóstico da febre amarela.

Quanto à pesquisa entomológica realizada durante o treinamento, as espécies coletadas foram identificadas e servirão para ampliar o conhecimento da fauna de vetores existentes na área.

“Durante o treinamento para coleta de vetores, foi identificado apenas dois exemplares do gênero Sabethes, que possuem importância epidemiológica para transmissão da febre amarela”, comentou a assessoria da Dive.

A forma mais eficaz de proteção contra a febre amarela é a vacinação. No entanto, a notificação de mortes ou adoecimentos de PNH em até 24 horas após o conhecimento do fato às autoridades de saúde, ajudam a vigilância epidemiológica a desencadear as medidas de controle e prevenção da população em tempo oportuno.

A capacitação foi ministrada pela equipe da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive) da Secretaria da Saúde

Capacitações

Acontecem há mais de quatro anos com médicos veterinários de diversos municípios, com o objetivo de aumentar a capacidade de coleta oportuna em Santa Catarina.

Atividades

Parte teórica, com panorama sobre a doença no país, informações técnicas sobre PNH e vetores, e vigilância da doença em humanos e PNH. Já na parte prática da capacitação, houve noções de necropsia para coleta de vísceras em PNH e coleta de vetores e finalizando a avaliação dos conteúdos teóricos e das práticas.

Fundado há 21 anos, o Parque Natural de Lages é o principal remanescente da Mata Atlântica. Abrange uma  área de 234 hectares de flora e fauna.

O programa de prevenção e combate à febre amarela possui vários fases de atividade, dentre elas as quais a coleta de vetores para que seja possível a comprovação da circulação viral da doença. por meio dos mosquitos recolhidos a serem encaminhados ao laboratório de referência para identificação e presença ou ausência do vírus.