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Palmeira tem baixa cobertura vacinal de pólio

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Cidades com índice vacinal abaixo de 95% correm risco de ter vírus da pólio de volta - Foto: Susana Küster

O Ministério da Saúde divulgou 312 cidades com baixa cobertura vacinal de poliomielite em todo o país. Dos municípios da Serra Catarinense, Palmeira consta dessa lista. Segundo a Secretaria de Saúde da cidade, a informação não procede e detalhes seriam repassados nesta quinta-feira (5).

Já a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) do Estado informou que a situação de Palmeira é oficial, pois os municípios disponibilizam os dados por um sistema acessado pelo Estado e pelo Ministério da Saúde. O que pode ter acontecido é a informação estar desatualizada.

A baixa cobertura vacinal é um risco que o vírus se espalhe e provoque a paralisia infantil, dificuldade para deglutir, paralisia respiratória, o que pode, até, levar à morte. A pólio é erradicada no país, porém, essa baixa cobertura vacinal, representa um risco grande de a doença voltar.

A coordenadora do Programa Nacional de Imunização, Carla Domingues, afirma que esse risco é para todas as cidades com cobertura abaixo de 95%. Para os estados que estão abaixo da meta de vacinação, o Ministério da Saúde  tem orientado aos gestores locais que organizem suas redes, inclusive com a possibilidade de readequação de horários mais compatíveis com a rotina da população brasileira.

Outra orientação é o reforço das parcerias com as creches e escolas, ambientes que potencializam a mobilização sobre a vacina por envolver, também, o núcleo familiar. Outro alerta é para que estados e municípios mantenham os sistemas de informação devidamente atualizados.

História

O Brasil está livre da poliomielite desde 1990. Em 1994, recebeu, da Organização Pan-Americana da Saúde, a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem. Por isso, é fundamental a manutenção das elevadas coberturas vacinais, acima de 95%.

Embora o Brasil esteja livre da paralisia infantil desde 1990 é fundamental a continuidade da vacinação para evitar a reintrodução do vírus no país. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), três países ainda são considerados endêmicos (Paquistão, Nigéria e Afeganistão).

Em Lages, cobertura passa de 75%

Segundo a secretária de Saúde de Lages, Odila Waldrich, a cidade possui uma cobertura vacinal contra a pólio entre 75% e 80%. “Temos que chegar a pelo menos 90%, mas muitas mães são contra vacinar seus filhos e outras simplesmente se esquecem ou não levam para a vacinação.”

Ela esclarece que os vírus das vacinas são uma arma de defesa para o sistema imunológico lutar contra a doença. “Essas mães não viveram na época em que as crianças morriam por falta de vacinas. Já abrimos meio-dia e fazemos campanhas com frequência, não há justificativa para não vacinar as crianças.” Odila informa que está planejado para que no próximo mês, aconteça uma campanha de vacina contra a pólio, em Lages.